Asse a abóbora e o alho. Bata no liquidificador com caldo de frango ou legumes. Tempere com sal, pimenta do reino moída, um fio grosso de azeite. Acrescente uma ervinha a gosto – eu usei o manjericão. Ferva. Sirva com uma bolota de sour cream ou iogurte natural.
Mês: fevereiro 2007
grawwwwwwwwwwwwwn!
Se tem uma coisa que me dá nos nervos BIG TIME é ficar ouvindo barulho de bocão e gente mastigando. Eu vou pra casa almoçar—sei, sou uma sortuda por morar a dez minutos de bike do local onde trabalho. Meus colegas não têm a mesma sorte. Nosso prédio é na verdade uma pequena casinha, anexo de um prédio maior. Não é o local mais espaçoso do mundo, nem foi designado pra se fazer picnic nele.
A jornalista almoça discretamente uma maçã e um pacote de doritos, e toma café ou coca-cola. O programador chefe esquenta seu pocket diário de queijo e pepperoni no microondas. O outro programador vive com um garfo no bolso da camisa, mas eu nunca vi o que ele come, como não vejo o que o pessoal da área administrativa come. Agora o meteorologista — raios e trovões — come todo dia uma tonelada de junk food, que ele traz de uma das cafeterias da universidade. É daquelas comidas nauseabundas, sempre acompanhadas de um copão de algum liquido borbulhante, que ele slurrrrrrrpsluurrrrp nada discretamente…. A figura irritante come a gororoba fedorenta sentado no cúbiculo dele, que fica ao lado do meu. Então todo santo dia eu enfrento uns quinze minutos de tortura sensorial. Tento me defender me contorcendo e fazendo caretas, totalmente repugnada pelo cheiro das tranqueiras que ele devora. Elas são daquelas que vem embrulhadas em papel que faz creeeeaappp, às vezes acompanhadas de chips CROCANTES, e que ele mastiga beeeem mastigado, morde bem com todos os dentes, com muita fome e vontade, lambe os beiços e lava tudo com o sluuurrrrrrrpppp.
Vou ter que trazer algum apetrecho de aromaterapia ou defumador, e um fone de ouvido salvador para me ajudar a manter a pose zen durante a hora do almoço super light do meu colega jamelão*!
*esse, o tal, que uma vez quando eu estava tossindo alto, me ofereceu um drops de halls… minha tosse não deveria realmente incomodá-lo, afinal, ele passa o dia trabalhando de headphones, ouvindo Céline Dion.
o primeiro sinal
key lime pie
Outro dia dei de cara com um saco de key limes no supermercado e não consegui resistir à aqueles limõezinhos verdinhos. Mas depois de comprado, veio o dilema – o que fazer com eles? Vi uma receita simplesmente maravilhosa na Martha Stewart Living de março 2007 de Lime-Pistachio Tart. Já fui esfregando as mãos, pensando é essa mesma, quando vi os ingredientes para o recheio e quase tive uma síncope: VINTE gemas de ovos! Forgetaboutit! Vou usar a massa da receita com pistachos, num futuro próximo, mas o recheio nem pensar.
Ontem, no frenezi de fazer coisas doces para equilibrar o dia amargo de hoje, procurei por uma receita de torta de limão por todo canto. Tinha comprado no Co-op uma dessas massas de torta prontas, feita de graham cracker, perfeita para cheesecakes ou lime pies. Quando tirei a etiqueta da embalagem, atrás tinha a receita que eu procurava. Fácil e deliciosa – duas palavras que eu adoro! Voilá!
Key Lime Pie
Uma massa de torta feita de bolacha moída.
Se não achar pronta pra comprar, faça a sua em casa, é fácil.
Misture numa vasilha:
3 ovos
1/2 xícara de suco de limão [verdinho, o key, que seria o galego]
1 colher de sopa de raspas de casca do limão [pode por um pouco mais, se quiser um sabor de limão mais acentuado, que foi o que eu fiz]
1 lata de leite condensado
Bata bem com um batedor de arame até ficar um creme liso. Coloque na forma preparada com a massa de biscoito e asse em forno pré-aquecido em 350ºF/180ºC por 35 minutos. Deixe esfriar numa grade. Gele e sirva. Pode servir com chantily feito com creme de leite fresco batido com açúcar.
maple syrup muffins
Essa quinta-feira não vai ser muito bolinho pra mim. Vai começar bem cedo com uma atividade bem chata. Então parece que antecipando as amarguras, fiquei atraída por doçuras e uma delas foi esses muffins que vi no Kitchen Pantry. Eles vão adoçar o meu dia de amanhã….
Faz 12 muffins
Pré-aqueça o forno em 190°C/ 375ºF.
150 g/3 colheres de sopa de nozes picadas
275 g /1 1/2 xícara de farinha de trigo
4 colheres de chá de fermento em pó
50 g/ 1/4 xícara de aveia
1 pitada de sal
Misture esses ingredientes secos numa vasilha grande.
Numa outra vasilha misture os seguintes ingredientes molhados:
130 ml/ 1 1/2 xícara de leite
120 ml / 1 xícara de maple syrup*
120 ml/ 1 xícara de óleo vegetal
1 ovo
Despeje a mistura molhada na seca. Misture bem até ficar bem incorporado com uma espátula. Despeje na forma de muffins untada ou forrada com forminhas de papel. Misture 2 colheres de sopa de nozes com 1 colher de sopa de açúcar mascavo – eu deu uma “machucada” no pilãozinho – e jogue essa misturinha em cima de cada muffin. Asse por 20 minutes. Deixe esfriar numa grade.
* use um maple syrup de verdade e qualidade, não aqueles fakes de embalagem plástica.
panna cotta de iogurte com morango
Eu não tenho muito jeito para fazer sobremesas com gelatina – não sei por que, mas sempre saí algo errado. Mas quando vi essa receita de yogurt panna cotta with raspberries fiquei tentada a me aventurar com o pozinho de gelatina. Achei uns morangos orgânicos no Farmers Market e foi a única coisa que mudei na receita. O resto, segui à risca. O resultado foi excelente! Ficou muito leve e o morango deu um toque especial. Gostei dessa receita porque vai iogurte grego, que eu acho uma delícia. Também gostei pois a quantidade é pequena, deu quatro potinhos e não foi difícil acabar com eles.
1 1/2 xícaras de iogurte grego
1/2 xícara de creme de leite – light cream [half-n-half]
1 1/4 colheres de chá de gelatina em pó sem sabor
2 colheres de sopa de água
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher de chá de extrato de baunilha
1/2 xícara de morangos frescos
Coloque os morangos picados distribuidos igualmente no fundo de quatro potinhos. Numa vasilha misture bem o iogurte e o creme de leite. Numa outra vasilha misture a água e a gelatina e ponha no microondas por uns 30 segundos. Misture o açúcar e a baunilha. Ponha essa mistura de gelatina no creme de iogurte. Misture bem com o batedor de arame e despeje nos potinhos. Ponha na geladeira até ficar firme.
>>para substituir o iogurte grego, use iogurte natural escorrido num paninho, igual se faz coalhada seca. o half-n-half tem a textura de um creme de leite fresco diluído num pouco de leite.
deu um bom caldo
fondue para um
Saí do trabalho na sexta-feira passada, peguei o carro e voei até a Target em Woodland para comprar um apetrecho que eu tinha visto no flyer e PRECISAVA comprar. Por vinte e quatro patacas, adquiri uma fonduzeira elétrica! Achei a idéia genial, primeiro porque o Gabriel emprestou minha fonduzeira e nunca mais devolveu. Segundo que o Uriel detesta fondue, então é muita trabalheira acender o foguinho – que precisa do tal óleo especial azul, e fazer toda aquele ritual para derreter um queijinho só pra mim. Com a panela elétrica tudo fica facílimo, como com a churrasqueira à gás, e ainda evito acidentes, como aquele business de por fogo em toalhas.
Ontem estreei minha fonduzeira elétrica, já que o Uriel não veio jantar, e ela funcionou muito bem. Derreti um fondue suiço de caixinha mesmo e comi com um pão bem rústico, mais figos secos, salada de grão de bico e brócolis intergalacticos cozidos levemente no vapor com um molhinho de mostarda, iogurte e dill.
A salada de grão de bico é simples e deliciosa:
Tempere os grãos cozidos com casca ralada e suco de um limão, azeite, sal, pimenta e um pouquinho de algum queijo ralado. Eu usei o asiago.
irresistíveis
“Oi, tudo bom com você? Sabe que é? Nós adoraríamos poder colocar um salzinho e uma pimentinha na sua comida. O que você acha? Podemos? Dá uma licencinha então. Tá bom assim? Ah, que ótimo! Obrigadinha, beijinhos e tchauzinho!”
figo ao balsâmico
Quando vi aqueles os figos secos no meio das verduras e legumes da minha cesta orgânica até fiz uma careta. Eu amo figos, sou louca por figos, ando five hundred miles por um figo, mas aqueles figos estavam com uma cara tenebrosa. Eles foram cortados em quatro sem destacar do centro, ficaram como uma flor e foram secos assim, ao sol. O resultado foi um cascorão, uma múmia de figo, duro como sola de sapato e não pude imaginar o que iria fazer com aquilo. Guardei num saquinho e na despensa.
Depois da experiência da cereja seca com vinagre balsâmico no restaurante Zuni Cafe tive finalmente uma idéia para usar o tal figo. Cozinhei os quartos mergulhados num bom vinagre balsâmico – o meu, um orgânico do Napa Valley. Deixei o vinagre reduzir até ficar um caramelo envolvendo os pedaços das frutinhas. Reservei e deixei esfriar – comi alguns também, pois não sou de ferro!
Usei os figos numa salada simples de rúcula e cress. Temperei os verdinhos com vinagre de vinho tinto, azeite, sal, pimenta do reino. Salpiquei lascas de amêndoa torrada por cima, adicionei os figos caramelados e misturei bem. Não sobrou nem cheiro.