a ceia mais simples

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Esta foi certamente a ceia de Natal mais simples que eu já preparei. E nem por isso ficou menos deliciosa. Assei o franguinho caipira recheado apenas com quartos de limão cravo. Durante o tempo de forno—mais ou menos umas duas horas—reguei com azeite três vezes. A carne ficou desmanchando e bem úmida. Para acompanhar fiz uma farofa de banana, com bacon refogado e cebola e usei o cream of wheat que tem uma textura bem parecida com a da farinha de mandioca. Também fiz a famosa salada de alface com queijo de cabra assado e uma torta de nectarina. Eu bebi uma cava e o Uriel e o Gabriel foram de suco de romã espumante.

meditamentos

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[[ o-mmm ]]

Acordei no meio da noite para a remoção automática da água do joelho da madrugada e demorei um bocado para pegar no sono novamente. Enquanto isso meu pensamento escapou e divagou, correndo entusiasmado pelos campos das idéias do que fazer para o jantar de Natal. Rechearei o frango com quartos de limão e dentes de alho ou com uma farofa feita com farinha de pão? Acho que usarei grits ou polenta para fazer uma farofa. E será uma farofa de banana! Farei um doce com as nectarinas congeladas e usarei aquela massa fantástica de cream cheese do Greens. Foi assim por uns tantos minutos, até que consegui controlar o desmiolado e finalmente voltei a dormir.

Foi então que sonhei que tinha feito uma burrada com uns arquivos, nomeando um novo com o mesmo nome do velho e apagando praticamente os dois últimos anos de convercê e fotos do Chucrute com Salsicha. Eu sentia pena, mas não estava triste, nem chorando, nem desesperada. Tentava pensar numa solução que parecia não existir. Fui nadar de roupa, perdi minha sacola no vestiário e foi então que lembrei que o servidor deveria ter uma rotina de back up dos arquivos e me animei com a perspectiva de poder recuperar o blog.

Desmarcamos o regabofe natalino aqui em casa para poder fazer uma festa só, que acontecerá no Ano Novo quando meu irmão estará nos visitando. Também desistimos de passar o dia de Natal na casa da sogra do Gabe. Decidimos ficar por aqui. Não vou fazer nada de especial para a ceia, só um ranguinho simples, porque quero mesmo é descansar. Ao invés do peru, comprei um frango caipira que imergi numa marinada feita com vinho branco, limão cravo, tomilho fresco, alho em lascas finas e sal grosso. Só ainda não sei se vou rechear com quartos de limão e dentes de alho ou com a tal farofa feita com farinha de pão.

Nesta véspera do dia de Natal, uma chuva cai gelada lá fora e vou acender a lareira. Já sei que os gatos não vão nem dormir, ficarão o dia inteiro atrás de mim. O Uriel já foi trabalhar e eu preciso dar um pulo no Co-op, porque obviamente esqueci de comprar alguns ingredientes. Vou temperar as rodelas de queijo de cabra para fazer uma salada e preparar a massa para a tal sobremesa que decidi fazer no meio da noite. Gosto dos preparativos para a festa, mesmo que ela seja pequena e íntima.

Sem mais delongas, quero apenas agradecer todos os votos de boas festas e desejar a todos uma noite de Natal linda e feliz!

homemade oreos

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Os fofíssimos inquilinos da nossa guest house vieram nos desejar Feliz Natal. Trouxeram um pratinho com biscoitinhos feitos em casa. Eram uma imitação caseira os famosos oreos, os cookies de chocolate recheados com um creme de baunilha. Eu não sou fã de cookies, e esses oreos são extremamente doces pro meu gosto. Esses, feitos em casa, estavam bem gostosos. Bem menos doces que os originais.

Carefree

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Já tornei pública muitas vezes a minha fascinação e adoração pelos filmes dos anos 30. É notório o esforço de Hollywood nessa época para aliviar o povo das preocupações da Grande Depressão com filmes cheios de bobaginhas fantasiosas e deliciosas. Os musicais eram um ótimo veículo para fazer o espectador viajar e desencanar um pouco dos problemas econômicos do país e do mundo. Eu adoro tudo dessa época, incluindo os musicais com Fred Astaire e Ginger Rogers. Tenho todos os filmes que eles fizeram juntos e revejo, revejo, nunca me canso de rever. Me concentro basicamente nos números musicais maravilhosos e nas piruetas de Astaire, que pra mim é simplesmente a epítome da leveza e elegância.

Em Carefree a trama é completamente risível. Ralph Bellamy é rico, bem apanhado e apesar de meio bobão é gente fina e está apaixonado pela noiva, Ginger Rogers, que é uma moça independente e não tem certeza se quer se amarrar nos laços apertados do matrimônio. Bellamy procura a ajuda do psiquiatra Fred Astaire, para este descobrir o que há de errado com a noiva e fazê-la decidir a casar-se o mais rápido possível. Não falei que a trama era absolutamente risível?

Astaire usa então algumas técnicas de psicanálise com a paciente rebelde. Ele decide analisar os sonhos de Rogers, mas como ela afirma que não sonha, ele faz arranjos para que ela tenha uma noite repleta de imagens oníricas. Eles vão jantar no restaurante do Country Club e para espanto do garçon com sotaque francês, pedem uma refeição completamente indigesta, perfeita para causar pesadelos:

Frutos do mar com creme de leite batido
Lagosta com maionese
Carne de coelho com molho de queijo

Pepinos com buttercream
No final do jantar todo mundo está passando mal, mas Ginger Rogers dorme e sonha. Só que é um sonho que ela não vai poder contar para o terapeuta, pois ela sonha com ele. Os dois dançando maravilhosamente juntos, é claro! Nem preciso contar o resto da história. Vão ter muitos dancetês e tudo vai acabar bem. Finais felizes eram imprescindíveis nos musicais dos anos trinta.

salada de aipo & maçã

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Fiz essa salada para poder usar um salsão magrelo que comprei no Farmers Market do sábado passado por nenhuma razão aparente. Muitas vezes eu compro legumes ou verduras por um impulso inexplicável. Foi assim então que o salsão de pernas longas e finas acabou na gaveta da minha geladeira. Juntou-se às maçãs, que abundam em variedades nesta época do ano é é quase impossível passar por elas—fresquinhas e cheirosas—sem levar algumas. As cenouras também estão aparecendo, lindas e doces. Juntei um punhado de black currant berries que eu tenho guardada na despensa já faz um tempo, e estava pronta a salada.

Preparei um vinagrete direto na saladeira com raspas e suco de um limão cravo bem pequeno, algumas gotas de vinagre jerez, flor de sal, uma colher de chá de honey mustard e bastante azeite de amêndoa. Misturei bem pra emulsificar e juntei uma maçã descascada e cortada em cubinhos. Depois juntei uma cenoura ralada e vários talos magrelos do salsão cortados em fatias finérrimas no mandoline. Juntei as black berries secas e misturei bem. Deixei marinando por uma meia hora e servi. Eu tinha a intenção de juntar um punhado de salsinha picada à essa salada, mas esqueci. Foi assim mesmo sem salsinha, e ficou deliciosa.

*substitua as black currant berries por passas ou outra fruta seca.
**substitua o azeite de amêndoa por azeite de oliva ou qualquer outro azeite aromático.