os pistachos também são

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Ele chegou da fazenda bem de madrugada. Pela manhã quando fui tomar meu café encontrei um sacão cheio de pistachos crus em cima da pia e ao lado um bilhete—aproveite para fotografar! Então eu fiz. Os pistachos também têm uma casca externa molinha, além da casca durinha que protege o fruto e que já conhecemos. Processar o pistacho dá um trabalho, eu já fiz e não gostei do resultado. Primeiro tem que ferver, remover todas as cascas externas, depois torrá-los na medida certa, que eu não consegui fazer. Uma parte queimou e outra ficou borrachuda. Melhor comprar o pistacho torrado na loja. E usar esses crus mesmos, porque eles são bem comíveis.

a primeira da estação

romã — pomegranate
romã — pomegranate

Eu adoro essa fruta, que é uma daquelas diferentonas e difíceis de comer, porque ela não tem polpa, só sementes. Todo ano eu fico toda entusiasmada quando vejo as romãs chegando junto com o outono. Elas se dão muito bem no clima desta região e são muito usadas como árvores ornamentais na frente das casas. Fica muito bonito, porque as romãs são realmente frutas rainhas, com sua cor e formato elegantes.

Na cozinha eu adoro salpicar as sementinhas nas saladas, ou misturar com couscous ou arroz. O céu é o limite para o uso da romã. E além de usar suas qualidades culinárias, adoro explorar sua fotogênia, em cliques como este da romã da Elise em 2006 e o da romã rainha da cesta orgânica em 2007.

banana da terra frita

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A variedade de frutas nestas terras californianas certamente não incluí as tropicais. No caso da banana, estamos mais ou menos limitados à nanica—que eu tenho o cuidado de comprar fair trade, já que não posso comprar local. Acha-se a banana maçã, que eu já desisti de comprar, porque pra mim não tem gosto nenhum da banana maçã que eu conheço. E acha-se também a banana da terra, conhecida aqui como plantain. Não sei se elas são a mesma coisa, mas o sabor é bem parecido. Só que as plantains chegam aqui vindas sei lá de onde e normalmente estão verdes. Eu sei que há maneiras de se preparar essa banana verde, mas essas não são o meu objetivo. Quero a banana madura, no ponto ideal para se comer crua se quiser. Mas isso é quase uma missão impossível. As plantains geralmente estão muito verdes ou extremamente maduras. Quando eu dou de cara com uma banana no ponto [quase] ideal, dou pulos de alegria. Essas não estavam perfeitas, mas deu pra fazer frita, do jeito que eu gosto. Cortei em rodelas e fritei dos dois lados na manteiga. Na hora de servir, salpiquei com flor de sal.

Banana é uma das minhas frutas favoritas. E eu tento comer uma por dia. E adoro banana frita e banana flambada, que eu faço com a banana nanica mesmo. Êta coisa boa!

quince tarte tatin

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Os quinces—marmelos também são sinal do outono acenando ali na esquina. Eu adoro essa fruta, seu sabor e textura. Já tinha preparado o quince em calda e adorei a idéia de fazer uma tarte tatin com ele. A inspiração veio deste blog, recomendado pela Elise. Para a massa eu usei uma receita de pâte sucrée do livro Chez Panisse Fruit da Alice Waters.
pâte sucrée
1 tablete – 113g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1/3 xícara de açúcar
1/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de extrato de baunilha
1 gema de ovo caipira
1 1/4 de farinha de trigo
Numa batedeira misture a manteiga e o açúcar e bata bem com a pá até ficar uma mistura bem cremosa. Acrescente o sal, a baunilha e a gema de ovo e continue batendo, até ficar completamente incorporado. Junte a farinha e trigo e bata até formar uma massa uniforme. Faça um bola, enrole em plástico e achate formando um disco. Gele por algumas horas ou de um dia para o outro, até ficar bem firme. Na hora de usar, retire da geladeira e abra com o rolo numa superfície enfarinhada.
Para fazer a cobertura de fruta, descasque e corte 4 quinces—marmelos em fatias grossas [pingue umas gotas de limão]. Numa frigideira que possa ir ao forno coloque 1/4 xícara – 2 colheres de sopa de manteiga e 1/2 xícara de néctar de agave [ou açúcar]. Leve a frigideira ao fogo médio e deixe a manteiga derreter e formar um caramelo com o agave. Coloque as fatias de quince na frigideir e deixe cozinhar bem até o caramelo incorporar na fruta. Retire do fogo, cubra com a massa de pâte sucrée, aberta no tamanho da frigideira. Feche bem as laterais da massa, apertando com os dedos. Leve ao forno pré-aquecido em 375ºF / 190ºC e asse até a massa ficar bem firme e dourada. Deixe esfriar bem e inverta a torta num prato. Sirva morna ou fria.

spiced seckel pears

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Preparei as delicadas pêras Seckel inspirada numa receita da Edna Lewis. Descascar as pêras e cozinhar com um pouco de água, açúcar a gosto e uns cravos da índia até elas ficarem molinhas. Remover as pêras e deixar a calda engrossar em fogo baixo. Doces assim sempre ganham o acompanhamento de um pingo de creme de leite fresco, que combina muito bem com as frutas cozidas.