muito bem comemorado

tsurprise

Chegamos em casa vindos de Berkeley e quando abri a porta vi todos os meus amigos lá dentro gritando ((( SURPRISE!!!! ))). A casa estava toda decorada, a cozinha cheia com comida do meu restaurante favorito em Davis, bolos da melhor chocolatier de Sacramento, minha familia conectada em grupo pelo skype. Foi uma festa super bacana, magnificamente orquestrada pelo meu marido. Não desconfiei de absolutamente nada e tive a maior surpresa da minha vida. Foi a minha primeira festa surpresa e adorei a experiência. It was absolutely fabulous!

sábado, 1 de outubro de 2011

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Para comemorar o meu aniversário, escolhi sem pensar muito almoçar no sempre impecável Chez Panisse. O norte da Califórnia tem uma abundância de restaurantes fantásticos, mas escolhi ir nesse mais uma vez, porque o lugar tem tudo a ver comigo. É sofisticado na qualidade dos ingredientes, mas é informal no ambiente e no serviço. A comida é deliciosa e simples, preparada com extremo capricho e cuidado nos detalhes. Lá me sinto comendo em casa ou na casa de alguém muito legal.

Pedi uma sopa de pimentão vermelho com um creminho de erva-doce, o halibut com milho doce e tomatillo e uma torta de figos perfeita. Adorei o vinho branco californiano que escolhi e dividi com meu filho e minha nora—um blend não filtrado da região da Sierra Foothills. O vinho, que era turvo e tinha um aroma de maçã, harmonizou perfeitamente com o peixe.

picnic em Bodega Bay

Eu adoro fazer picnics. E se o picnic for na praia fico tri animada, porque pra mim não tem nada mais delicioso que comer sentada sobre uma toalha esticada na areia fofinha olhando para o mar e ouvindo o barulhinho das ondas. Sou caipira do interior, então pra mim qualquer excursãozinha para o litoral é um verdadeiro treat. O único porém é que aqui no norte da Califórnia as praias são muito frias. Mesmo durante o verão, a quantidade de banhistas dando mergulhos de sereia [ou de baleia] na água é bem pequeno. Já fiz alguns picnics de verão na praia e num deles não conseguíamos nem comer os sanduiches de tanto que ventava gelado e revoava areia.

Desta vez decidimos almoçar numa praia em Bodega Bay. Para os cineaficionados essa cidade remete à cenas memoráveis de um dos filmes mais famosos do A. Hitchcock—que foi todo filmado lá e na cidade vizinha de Bodega. Eu adoro Bodega Bay, não só porque me sinto num cenário cinematográfico, mas também porque adoro a beleza natural da costa de penhascos, com um mar super azul, praias cheias de pedras e encostas íngremes.

Bodega
Bodega Bodega
Bodega Bodega

Obviamente que no feriado do 4 de julho, muitos outros amantes dos picnics tiveram a mesma idéia que a nossa e tivemos que dirigir bastante para achar uma área em que pudéssemos estacionar e descer até a praia com relativa facilidade. Preparei uma cesta de picnic bem leve, porque sabia que em Bodega Bay iriamos ter que descer pelos barrancos. Tivemos sorte de aportar uma pequena baia tão fechada que nem o vento lá chegava. Eu consegui ficar só de camiseta e esticamos nossas toalhas numa parte mais alta, protegida por um tronco de árvore e rodeada de pedras.

Levei sanduíche feito com liguiça italiana grelhada e acomodada num filão de pão ciabatta untado com pasta umami. Também levei uma salada de alface romana com azeitonas, temperada com suco de limão e azeite de laranja. E muitas frutas frescas de verão, queijo, marmelada, bolachinhas e mini tortinhas de frutas e de noz pecã. Pra beber levei chá gelado de limão e gengibre na garrafa térmica, uma garrafinha de vinho branco e água.

Também levei pratos e talheres de bambu, guardanapos de pano e copos de vidro. E um saco para colocar o lixo que voltou comigo. Aproveitamos a praia, mas não deixamos nada pra trás. O dia estava absolutamente lindo, ostentando um céu azulzissimo e fazendo um calorzinho muito agradável. Aproveitamos!

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Bodega Bodega

um ano novinho!

feliz 2011! feliz 2011!
feliz 2011! feliz 2011!
feliz 2011! feliz 2011!
feliz 2011! feliz 2011!

O Uriel ainda está rolando de rir e tirando uma onda da minha cara por causa do título do último post—foi tudo bem simples. Segundo ele, um jantar que levou dez horas pra ficar pronto não pode ser chamado de simples. Mas eu insisto que foi. E por ter cozinhado tanto no Natal, passei o Ano Novo sem nem chegar próxima de uma panela. Entrei em férias, fiz compras, viajamos prá lá e prá cá pelo sul da Bay Area, fiz uma limpeza revolução pela casa, doei caixas e caixas, sacolas e sacolas, muita coisa que não usava mais. Até pendurei uns quadros, que estavam no chão, apenas encostados na parede, há muito tempo. Passamos o Ano Novo em Monterey. Jantamos uma comida deliciosa num restaurante em Carmel, voltamos para o hotel onde passamos a meia-noite dançando rock ‘n roll numa festa. Dormimos muito e depois de conversar com a família saímos pela estrada. Meu irmão chegou no segundo dia do ano, que foi quando eu e o Uriel comemoramos 29 anos de casados. Conversamos, comemos, bebemos, fizemos muitos planos para este ano que promete ser muito bacana e diferente. Ah, e pela primeira vez na vida eu fiz luzes no cabelo. Estou realmente me abrindo para muitas mudanças!
✳✴ Feliz Ano Novo! ✴✳

foi tudo bem simples

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Eu cozinhei o dia inteiro, porque não tenho, não tive ajuda. Pela manhã o pessoal da limpeza chegou e me pegou descascando as castanhas portuguesas. A visita deles era imprescindível e foi muito aguardada. Casa limpa para mim é essencial. Mas na cozinha fiquei mesmo sozinha. E fui devagar fazendo as receitinhas—marinei uma costela de cabra num molho de vinho, alho, limão e ervas que depois foi assada coberta com papel alumínio por quatro horas, fiz um pudim inglês de castanhas portuguesas e chocolate e um bolo de gengibre*, depois preparei tâmaras recheadas com queijo de cabra e amêndoa [reprise de outros carnavais], fiz uma bandeja com queijinhos, torradinhas, azeitonas castelvetrano e chips de maça, assei beterrabas vermelhas e amarelas para fazer uma saladona temperada com óleo de nozes, cozinhei com ervas o flageolet, o feijão verde francês que combina muito bem com carnes fortes como a de carneiro ou cabra, preparei um pesto de cranberry e pistachos para fazer com a couve de bruxelas, também preparei cranberry sauce e uma saladona com alface romana, laranja, maça e raiz de salsão. Bebemos cava com os antepastos e um vinho chileno especial que ganhamos de presente de uma amiga com a refeição. Foi tudo bem simples, mas muito gostoso na nossa pequena ceia de natal, cujas sobras viraram almoço no dia seguinte. *receitas das sobremesas virão logo a seguir.

fa la la la la—la la la la

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E o ano voou, não voou? Já estamos à poucos dias do Natal, com todo aquele burburinho, o compra-compra enlouquecido, embrulhação de presentes, listagem infinita de possíveis receitas para a ceia, férias escolares, aeroportos congestionados, tempestades de neve no hemisfério norte, calorão e chuvarada de verão no hemisfério sul, realmente nada de novo no front. Nesta mesma época no ano passado eu estava enfrentando o frio miserável em Londres para passar o Natal com a parte da minha família que mora lá. Neste Natal não nos movimentaremos muito. Eu estou totalmente dominada por uma vibe de arrumação, mudança e limpeza. Acredito piamente que o acúmulo de coisas velhas e sem uso não faz muito bem para o fluxo natural das energias cósmicas. Então passei dias colocando ordem pelos armários, gavetas e cômodos da casa. Ainda estou surfando essa onda, pois prometi pra mim mesma que vou tentar ser mais organizada e que vou tentar ao máximo facilitar o meu trabalho dentro da cozinha. Começando por dar mais acessibilidade aos pratos, copos, talheres, panelas, travessas e outros zilhões de utilitários que se empilhavam caoticamente na minha cozinha..

Tirei meu baú de enfeites de Natal do armário e neste ano decidi fazer a decoração um pouco diferente. Enchi as meias penduradas na lareira com gostosuras, coloquei um enfeite minimalista ali, outro acolá e pronto. A grande mudança foi que resolvi montar a árvore de Natal na cozinha. Nossa árvore é clássica, artificial, bem pequena e simples e está agora posicionada em frente da janela, iluminando a entrada e facilitando a chegada do espírito das festividades, que por aqui sempre demora um pouco pra aparecer. Gostei imensamente dessa alteração da perspectiva da árvore e de tê-la presente no ambiente onde gasto mais tempo, adornando o espaço da cozinha com suas luzes, os micro papai-noelzinhos, as bolas feitas de chocolate e a guirlanda de guizos.

Não costumo prometer ou me comprometer com resoluções e decisões de final de ano. Sou mais o tipo de tomar decisões inesperadamente, de último minuto e fazer tudo como me der na telha. Mas tudo indica que terei que me organizar um pouco mais para não ser atropelada por 2011, que será um ano que promete!

2010 foi um ano bem devagar por aqui, tanto na vida quanto no blog. Penso muito sobre o futuro deste meu espaço virtual que é tão especial pra mim. Não gostaria de ver o Chucrute com Salsicha acabar indexado apenas como mais um blog de receitas. Gostaria mesmo era poder sempre oferecer uma experiência bacana, divertida e até inesperada para todos os que passam diariamente ou vez em quando por aqui. Mais ou menos como a experiência de passar pela rua e ver pela janela daquela casinha toda pintada de azul clarinho, uma árvore de natal toda piscante e iluminada na cozinha.

✴✳ Feliz Natal! ✳✴

thanks giving day

Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010 Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010 Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010 Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010 Thanksgiving 2010
Thanksgiving 2010

Tivemos um Thanksgiving bem simples em casa e eu cozinhei absolutamente tudo o que comemos. E fiz tudo do zero. Deu um trabalhão, mas os deuses estavam de bom humor e me deixaram fazer tudo sem muitos percalços. Só tostei demais as nozes e quase deixei queimar a farofa, pois achei que tinha desligado o fogo e fui fazer outras coisas—clássico. Ao invés do peru, que produz muitas sobras, fiz um franguinho caipira, ou melhor, hillbilly, da fazenda Soul Food de Vacaville. Essa fazenda abastece o restaurante Chez Panisse, então eu não poderia ter escolhido melhor. O frango é bem magrinho, mas tem um sabor intenso. Fizemos numa grelha na churrasqueira depois de deixá-lo passar a noite numa marinada de alho, limão cravo, vinho branco e salsinha. Fiz batata doce assada com especiarias, saladona de folhas, erva-doce e pera, cranberry sauce, mousse de queijo de cabra, torta de pera e damasco e tortinhas de abóbora. Algumas receitas virão a seguir.

é sempre bom agradecer

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Em exatamente uma semana teremos as celebrações do Thanksgiving por aqui. Esse é, sem a menor dúvida, o meu feriado favorito no ano. Troco dez Natais por um Thanksgiving. E vou dizer porque. É que me sinto uma privilegiada por tudo o que tenho, nem preciso listar aqui, mas garanto que é muito. E por isso acho super importante esse negócio de agradecer. Nem precisa ser nada formal, um pensamento apenas basta—putzgrila, muito obrigada por tudo!

Neste ano não vai ter nada de especial. Nem mesmo o infalível peru. Decidi que não quero lidar com sobras, portanto vou assar um frango caipira, que abocanhei outro dia no Co-op e que guardei no congelador para esperar uma ocasião especial. Nosso esquema de Thanksgiving mudou um pouco, depois de quase dez anos de celebrações realizadas na casa da ex-sogra do Gabriel. Com ela aprendi muitas maneiras de apreciar essa festividade.

O Thanksgiving pra mim tem a cara do outono, que aqui é demorado, lindo e está no seu ápice no final de novembro. Nessa época estamos inundados pelas mais lindas cores de amarelo, vermelho e dourado. E apesar de já estar frio, ainda não está aquele cinza úmido miserável do inverno. É um momento realmente especial e muito auspicioso, que junta uma tradição culinária, com uma reunião de família. Comidas gostosas, calor humano. O dia de dizer obrigado está chegando e apesar de ainda não ter muitos planos esquematizados, eu já estou entrando no clima de antecipação e animação.