Restaurante Casa Adão

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Encurtamos nossa visita à cidade de Porto para poder ficar dois dias em Sintra e Cascais. Por isso só tivemos uma tarde, que gastamos visitando uma das caves de vinho do porto do outro lado do rio Douro, em Vila Nova de Gaia. Enquanto esperávamos pelo horário da tour na cave da Ferreirinha, resolvemos almoçar e recebemos a recomendação do restaurante Casa Adão. É uma pequena tasca na mesma rua das caves, onde tive com certeza a refeição mais memorável de toda a minha viagem. Não sei explicar por que, mas me senti extremamente feliz comendo lá. O garçon foi divertido e gentil, apesar que eu e minha irmã tivemos dificuldades para entender o sotaque dele. A comida foi excepcional. Nada demais, mas tudo muito bem feito. Eu acho que sei distinguir uma comida simples, porém bem feita e com bons ingredientes, de uma comida metida a besta e meia boca. Na Casa Adão comi o MELHOR bolinho de bacalhau em terras portuguesas, bebi o vinho verde que me deixou estalando a língua de felicidade, provei as famosas alheiras que vieram com as melhores batatas fritas, cortadas a mão e fritas com perfeição. Veio junto um ovo frito, arroz e salada. Mais simples impossível, mas vou dizer—estava fenomenal! Comi com gosto, com felicidade, com satisfação. Meu cunhado também pediu as alheiras e minha irmã foi de francesinha, um sanduíche pra alimentar um boi faminto, com pão rústico recheado de carne e linguiça, coberto por queijo e um ovo frito e afogado num molho picante. Não provei a francesinha, mas minha irmã se debulhou em hms e ohs. Perfeito! Agora, ponham reparo na cor da gema desse ovo frito e me digam se essa galinha portuguesa não é uma penosa super feliz.
* além de tudo, essa foi a refeição mais barata que tivemos em toda a viagem. um total de trinta e quatro euros para três pessoas comerem e beberem muitíssimo bem.

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Para tentar reentrar na rotina, peguei minha cestinha e sacolinha e dei meu pulinho usual ao Farmers Market. Duas semanas fora e voltei para uma paisagem bem diferente nas banquinhas. Para minha surpresa já há alguns tomates, alguns pêssegos, muitos morangos e bastante cereja. Estou na expectativa dos damascos, que são os mais deliciosos e têm uma temporada relativamente curta.

6 am

Cheguei em Davis na noite do mesmo dia que parti de Lisboa, depois de outra maratona transcontinental. Eu não posso acreditar que exista um ser humano normal que curta viajar de avião. Eu sou do time dos que odeiam. Paguei um tantão a mais no total da passagem para descer em Sacramento, cujo aeroporto fica a 20 minutos da minha casa, mas chegando em New York fui recolocada para voar para San Francisco por causa de todos os atrasos que comprometeram a minha conexão. Esperei muitas horas no aeroporto, depois voei mais seis horas, além das sete que me custaram para atravessar o Atlântico. O Uriel foi me buscar e enfrentamos mais uma hora de estrada até Davis. Eu sempre digo que amarrei meu burro num lugar maravilhoso, mas muito longe. Tudo nessa vida tem vantagens e desvantagens.

Hoje já estava acordada às 5:30 am. Agora vou combater o jet-lag inverso. Meus gatos já me receberam felizes, vi que todas as roseiras estão apinhadas de flores, tem algo cheirando mal na geladeira, vou desfazer as malas, tentar comer uma comidinha decente pra compensar as refeições plastificadas que tive nos aeroportos e aviões. Aos poucos tudo vai voltar ao normal, mas eu ainda tenho muita coisa para comentar sobre Portugal, então ainda vão aparecer muitos posts sobre aquela linda terrinha!

*vou colocar aos poucos as quatro mil e quinhentas fotos que tirei, numa coleção chamada Portugal no meu álbum no Flickr.

um encontro em Coimbra

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Minha condição dinossáurica de dezesseis anos como usuária da internet e de oito anos como blogueira endossam essa minha mania de encontros. Não é de hoje que eu tenho esse impulso de conhecer pessoalmente os amigos das convivências virtuais. A maioria dos meus encontros foram frutíferos e geraram amizades duradouras e bacanas. Sempre há os casos de falta de conexão ou de pessoas que não têm mesmo nada a ver com você, mas esses são minoria, felizmente!

Aqui em Coimbra, assim como em Lisboa, meu encontro com as queridas amigas portuguesas foi fantástico! Infelizmente nem todos puderam ir por impedimentos ou compromissos pessoais, ou por uma falha não intencional minha, que acabei não me re-contactando com todos. Haverão outras oportunidades, tenho certeza!

Num sábado de solaço e calorão encontrei com Elvira, Mariana e Marizé. Perdi a noção do tempo, mas pelo jeito passamos muitas horas no bate papo—primeiro na porta da estação de trens, onde encontramos Elvira e Marizé e esperamos pela Mariana. Depois caminhando pelas ruas do centro histórico de Coimbra, num café para bebermos água e refrescar, finalmente no restaurante a beira do Rio Mondego, e depois novamente num café, onde bebemos cerveja e conversamos tanto que quase fizemos a Elivira e a Marizé perder o trem de volta pra casa.

Minha irmã e meu cunhado também nos acompanharam e tiveram que enfrentar uma maratona de conversas culinárias e de blogueiragens sem fim. Eles foram fortes e bravos e nem demonstraram muito desespero nem bocejaram de tédio na nossa cara. Fiquei muito orgulhosa da minha irmã. Pisc!

Meninas lindas de Coimbra, foi uma felicidade imensa conhecer vocês. Estendo o convite para tardes de verão ou outono na Califórnia. Bá, mas não vai ser a mesma coisa, né? Tenho mesmo é que voltar mais vezes à Portugal.

*na primeira foto: eu, Marizé, Mariana e Elvira.
**no cardápio, uma deliciosa feijoada de peixe.
***esqueci de fotografar o vinho, que era verde, é claro!