sopa de milho & camarão
[com salsa verde]

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Fiz essa sopa primeiramente usando a combinação de milho e cogumelos, depois quis refazer substituindo o milho por camarões. As duas versões ficaram ótimas e podem ser servidas quente, morna ou fria. Com os cogumelos a sopa ficou um pouco mais cremosa e com um sabor mais delicado. Com os camarões o sabor ficou bem intenso. Nós gostamos bastante das duas variantes. O modo de fazer é o mesmo, mas não tive o guia de nenhuma receita nem medidas exatas. Usei o milho fresco, mas o congelado é perfeitamente adequado. O camarão que eu uso é sempre o pescado selvagem nos EUA ou Canadá e nunca aqueles importados da Asia, criados em piscinas.

2 ou 3 espigas de milho grande [os grãos removidos com uma faca]
1 xícara de camarões pequenos, já limpos e descascados
[ou 2 xícaras de cogumelos frescos—usei os criminis]
1/2 cebola picadinha
Sal e pimenta do reino moída a gosto
Azeite para refogar
1 litro de caldo de legumes [ou de cogumelos]
1/4 xícara de creme de leite ou half and half

Numa panela grande e robusta refogue a cebola picada no azeite. Quando ela ficar bem macia junte o milho, refogue por uns minutos e junte o camarão [ou os cogumelos]. Refogue por mais uns minutos e junte o caldo de legumes [ou de cogumelos]. Deixe cozinhar em fogo médio por uns 20 minutos. Tempere com sal e pimenta, desligue o fogo e deixe esfriar um pouco. Bata a sopa no liquidificador em partes [e com muito cuidado!] e vá passando a sopa batida por uma peneira. Pode usar o food mill/ passador de legumes se quiser. Volte toda a sopa para a panela, junte o creme ou half and half e requente. Sirva quente ou morna ou leve para gelar e sirva fria, acompanhada da salsa verde.

Para fazer a salsa verde, grelhe um punhado de pimenta doce numa grelha na boca do fogão ou na churrasqueira—eu usei essa banana pepper que não tem nenhuma ardidura. Pode assar a pimenta no forno também. Depois é só colocar as pimentas grelhadas sem os cabinhos no mini processador, juntar sal, suco de limão e azeite e moer bem. Pode passar por uma peneira se quiser, mas não precisa. Guarde a salsa na geladeira e na hora de servir coloque uma colher de sopa para cada prato sobre a sopa.

fritada de tomate & pesto

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O maço de manjericão se juntou às sementes de girassol e virou pesto, o pesto temperou os ovos e fatias dos primeiros tomates locais que comprei decoraram essa simples e deliciosa fritada. A receita saiu da revista Everyday Food. Só achei que ficou um pouco grande para duas pessoas. Da próxima vez farei apenas metade.

[serve 6 porções]
8 ovos caipiras grandes
1/3 xícara de molho pesto [*]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
1 xícara de queijo mussarela ralado
1 colher de chá de azeite
2 tomates orgânicos cortados em fatias finas

Pré-aqueça o forno em 425ºF/ 220ºC. Numa vasilha grande bata ligeiramente os ovos. Junte o pesto, o sal, a pimenta do reino e metade da mussarela ralada. Numa frigideira de mais ou menos 25 cm coloque o azeite e leve ao fogo médio, adicione a mistura de ovos e cozinhe mexendo com uma espátula por 1 ou 2 minutos. Coloque as fatias de tomate e espalhe o resto do queijo mussarela por cima. Leve ao forno e asse por uns 10 minutos ou até o centro da ficar firme. Remova do forno, deixe descansar por 5 minutos e vire numa travessa. Corte em fatias e sirva.

[*] eu faço o molho pesto com a combinação de ingredientes que tiver disponível no momento. Para fazer esse que coloquei nessa fritada usei manjericão, sementes de girassol, um dente de alho, queijo parmesão ralado, sal e bastante azeite.

picolé pedaçudo de frutas

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Outra leva de picolés, desta vez com fruta dentro. Já tinha tentado fazer algo parecido no ano passado, mas por alguma razão que não me lembro o empreendimento não deu certo. Era uma receita com camadas e não fiz direito, os picolés quebraram. Dessa vez simplifiquei e fiz do meu jeito. Ficou tão gostoso que me animou a me aventurar em outros desafios usando diversos ingredientes. As novidades chegarão em breve neste mesmo canal.

Blueberries e morangos frescos
Creme de leite fresco [ou half and half]
Suco de romã puro
Mel [ou outro adoçante natural]

Bater no liquidificador um punhado de morangos com o mel, suco de romã e o creme de leite. Picar uma porção de morango e encher as forminhas de picolé com esses morangos picados e as blueberries inteiras [vá alternando]. Despeje o creme de leite batido sobre as frutas nas forminhas. Bata bem as formas em cima de um pano de prato para o liquido penetrar completamente em todos os espaços, para não deixar nenhum buraco ou bolhas nos picolés. Leve ao congelador até firmar, desenforme molhando as pontas em água quente. Sirva e refresque-se.

bolo rústico de ruibarbo

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Comprei dois maços de ruibarbo verde na banca de frutas da road 16 mesmo sem ter a menor ideia do que fazer com eles. Surpreendentemente na mesma semana, num blog que que raramente publica receitas, apareceu esta de bolo rústico de ruibarbo. Com ela eu dei cabo de um dos maços. O outro eu apenas cozinhei com um pouco de açúcar demerara e fiz uma geléia. O ruibarbo cozinha bem rápido e se desfaz completamente, por isso é uma ótima opção para geléia ou compota. Preparei esse bolo para servir para uma amiga e não tive paciência suficiente para esperar esfriar completamente. Quando virei na travessa ele se espatifou um pouco, mas o comprometimento estético não interferiu na nossa voracidade em devorá-lo ainda morno, servido com um pouco de creme de leite fresco por cima. Minha amiga deu uma excelente ideia para a substituição do ruibarbo, que não é um ingrediente tão fácil de se encontrar no hemisfério sul—trocar por abacaxi, que é de uma certa maneira similar na acidez e textura fibrosa. Se alguém decidir fazer esse bolo usando o abacaxi, depois me conta qual foi o resultado.

2 xícaras de ruibarbo cortado em pedaços
1 xícara de creme de leite fresco
1 xícara de açúcar demerara [*usei raw, orgânico]
1 ovo caipira grande
1 e 1/2 xícara de farinha de trigo integral [ *a receita original usa whole wheat pastry flour—eu coloquei 1 colher de sopa de maizena/amido de milho na xícara medidora e completei com a farinha de trigo integral—1/2 colher de sopa de amido para a outra 1/2 xícara de farinha]
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/4 colher de chá de sal

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma forma redonda ou quadrada de 25 cm [10-inch] com manteiga. Reserve. Numa vasilha grande coloque o creme de leite, o açúcar e o ovo. Misture bem com um batedor de arame. Junte a farinha, o bicarbonato de sódio e o sal e incorpore bem. Junte o ruibarbo em pedaços. Misture e despeje na forma untada. Polvilhe um pouco de açúcar mascavo ou demerara por cima. Leve ao forno até o centro do bolo estar cozido, uns 30-40 minutos. Remova do forno, deixe esfriar completamente e vire numa travessa.

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sunflower fields forever

girassois girassois
girassois girassois
girassois girassois

Este ano eu estava estranhando não ter visto nenhum campo de girassóis no meu caminho. Mas quando fui buscar comida nepalesa para o jantar de uma sexta-feira, atravessei a ponte que passa por cima da estrada principal que corta a cidade e vi um campo enorme e todo florido dentro do perímetro urbano. Daí comecei a ver outros campos, mais próximos ou um pouco afastados da cidade. O negócio é que os campos mudam de lugar, ou melhor, os campos são os mesmos mas a lavoura é rotativa. Então onde estavam os girassóis no ano passado, neste ano estão os tomates ou o trigo. E onde estavam os tomates estão os girassóis ou o trigo ou o milho. Sou daquelas que acha todo esse cenário agrícola uma lindeza absoluta. Sou daquelas que encomprida o caminho pra casa só pra poder olhar os tomates já brilhando nos campos ou sentir o cheiro do feno recém colhido. Sou daquelas que para o carro no meio do poeirão e vai fotografar campo de tomate ou girassol até mesmo quando está fazendo quarenta graus. Sou daquelas que enfrenta as abelhas pra poder chegar mais perto das flores gigantes e laranjas. Sou daquelas que transpassa propriedade alheia pra poder tirar uma foto, mesmo que seja com o celular. Sou daquelas que comprimenta os trabalhadores do campo dando tchauzinho pro pessopal nos tratores. Na última foto da direita eu sou aquela bolhinha cor-de-rosa, que é como o google maps me identificou no dia em que parei no meio dos campos agrícolas para tirar essas fotos dos girassóis.