Não nos importamos de dirigir até San Francisco num sábado pela manhã, porque adoramos visitar a cidade e neste dia iríamos reencontrar nossos primos de Atlanta que estavam passando uns dias na Califórnia. Fizemos uma visita à região do Japantown, que naquele final de semana estava em polvorosa por causa do Cherry Blossom Festival. Passeamos pelas ruas movimentadas, encaroçando em lojinhas, assistindo alguns shows e demoramos um pouco para achar um lugarzinho pra comer. Olhamos no Yelp e demos com a cara na porta de um restaurante que parecia muito bom, mas que ao invés de estar servindo comida estava vendendo todas as suas cerâmicas e encerrando suas atividades. Escolhemos então na base do unidunitê, o lugar menos cara de território de turista e entramos. O Juban é um daqueles japoneses-coreanos com uma grelha embutida na mesa pra você mesmo fazer seu ranguinho. Além do mais, assim que chegamos tagarelando em português uma das garçonetes veio se apresentar. Era uma brasileira. Ou melhor, um brasileiro. No restaurante japonês em San Francisco fomos atendidos gentilmente por um travesti paraibano chamado Silva. Eu achei ela muito linda e prestativa, pois ainda nos deu várias dicas valiosas para quem nunca tinha entrado num lugar como aquele. Perguntamos se vinha muita comida e a Silva nos fez gargalhar respondendo com seu sotaque charmoso—aqui tudo é pouco, só o gerente que é muito! [whatever that means, hahaha!] Eu pedi um prato com fatias de carne cortadas super fininhas, que vieram cruas e temperadas com molho, acompanhadas de legumes também crus, arroz branco e vários tipos de pickles e kimchi. Foi divertido cozinhar nossa própria comida na grelha da mesa. E pra completar ainda bebemos uns drinks bem coloridos e refrescantes que vinham num copão torto.
Depois do almoço fomos, por escolha da nossa prima, visitar um dos landmarks de San Francisco—o Alamo Square, onde ficam as Painted Ladies, as famosas casinhas vitorianas mundialmente conhecidas e amplamente fotografadas. O parque é pequeno, mas muito gostoso pra fazer caminhadas, embora naquele dia o vento estivesse particularmente inclemente. Tiramos as fotos que todos tiram, enquanto muitos grupos faziam picnic no gramado do lado mais popular do parque.
Como os nossos primos combinaram de encontrar amigos que também moram por aqui, acabamos num grupo relativamente grande para jantar e eu tive um pouco de dificuldade para achar um restaurante bom na cidade que fizesse reserva e acomodasse um número grande de pessoas. Depois de muita buscar por algo no Yelp e no Open Table achei um restaurante turco em Potrero Hill, chamado Pera. O lugar é bem agradável, o serviço atencioso e a comida estava muito boa. Como todo mundo queria conversar com todo mundo, facilitamos pedindo várias bandejonas com diferentes appetizers que dividimos entre nós. Não reparei no que os outros pediram, mas todo mundo elogiou a comida. Eu pedi o especial da noite, que era um filé de habilut. Bebemos um chenin blanc da vinícola Dry Creek em Clarksburg que estava tão bom que acabei bebendo mais do que devia, por isso não tem quase nenhuma foto das comidas, só um clique aqui e outro ali. Uma pena, porque os pratos eram lindos. Finalizamos tudo com chá e café turco. Depois fomos para o hotel beber cocktails e conversar mais. Queremos muito que nossos primos venham para cá mais vezes, porque é sempre muito divertido estar na companhia deles.
QUe dia magnifico! Voce mencionou o vento de SF, sabe que uma vez, ainda casada com meu primeiro marido, eu quase voei bai’a afora por causa do vento? Foi uma lufada que me pegou de jeito e encheu meu casacao de ar, foi um susto e tanto, porque literalmente tive que ser segurada no ultimo segundo
depois rimos muito, mas respeito profundamente o vento da Bay Area (mal sabia eu que anos mais tarde moraria definitivamente em tornado alley! 😉
R: Sally, nao duvido nada que aquele vento leve uma pessoa embora. nossa! se bem que nunca vivenciei um tornado, entao pra mim tudo aqui é um exagero! 🙂