Eu me considero uma excelente anfitriã. Recebo meus hóspedes muito bem, com conforto e salamaleques. Preparo o quarto, a cama fofinha, ponho um vaso de flores na mesa de cabeceira, barrinhas de chocolate, toalhas macias no banheiro, carafe com água fresquinha, roupão e pantufas felpudas. Faço café da manhã caprichado, sempre procurando agradar – ovos mexidos e café para uns, chá e presunto com tomate e mostarda para outros. Mas todo mundo está sujeito a cometer aquela gafe histórica. A minha aconteceu na primeira vez que eu hospedei a sogra do meu filho. Ela não podia ficar com o Gabriel e a Marianne porque eles ainda moravam na minha guest house – que embora seja uma guest house, naquele momento não servia para acomodar nenhum guest.
Tudo bonitinho, arrumado, a sogreta instalada e confortável, fomos dormir. No dia seguinte acordei com o som da voz da minha hóspede – ela fala alto e acorda cedíssimo. Pensei, vou levantar e descer pra fazer o café. Mas juro – J-U-R-O – que ouvi a voz do Uriel no meio do blábláblá. Fechei os olhos e resolvi dormir por mais alguns minutos, reconfortada pela idéia de que ele estava na cozinha e iria pelo menos fazer o café, colocar as xícaras na mesa, me daria um tempo extra curtindo a cama. Quando finalmente levantei e desci, crente que a minha hóspede já estava bebendo o seu sagrado café preto, encontrei as duas – mãe e filha, conversando na cozinha e combinando um lugar para sair e tomar o café da manhã. Não era o Uriel dialogando com ela, pois ele tinha acordado mais cedo que todo mundo e já tinha saído. Quase enfartei de vergonha!! Preparei um super café e aprendi a minha lição – anfitriões TÊM que levantar ANTES dos hóspedes.
Mas a história não acabou aí. A gafe teve repercussão, pois da próxima vez que a sogra do meu filho veio passar a noite na minha casa, ela trouxe uma GARRAFA TÉRMICA CHEIA DE CAFÉ na mala. Pra se garantir na manhã seguinte.
Acabo de lembrar da sua estadia na minha casa. Eu acordando todo falante, perguntando coisas e rindo e você, descabelada, esperando pacientemente pelo café que nunca vinha. HAHAHAHAHAHAHA!!!!!
Já comprei a garrafa térmica pra sua próxima visita! :^P
Ai Fe, desculpe mas tive que rir desta. De matar ,ne?? Principalmente alguem que se preza em ser boa anfitrià como voce.
Amiga, desculpe, mas quem cometeu a gafe foi a sogra do seu filho! Onde já se viu aparecer com garrafa térmica na mal? Insulto dos insultos!
Tenho esse defeito de dormir além da conta, e faço um esforço tremendo para antecipar o café dos meus hóspedes.
Essa sogrinha é uma mala, por isso trouxe uma garrafa na bagagem! hehe
bj
fer, digamos que a sogreta protagonizou um episódio do tipo “too much ado for nothing”. tudo bem, ela merecia um café da manhã à altura e foi o que você fez. agora, 1: quem mandou acordar com as galinhas? e 2. muito mal educada a atitude dela de tentar “jogar na sua cara” que você deixou de fazer algo. nesse episódio todo, a lady foi você, com certeza. bjs, querida.
Oie, Fer…
Olha…achei que voce deu um super-bafão neste episódio.r.s..eu sou como voce e imagino seu constrangimento…embora não mude nada, devo dizer que a sogra do seu filho foi muito desagradável contigo…especialmente na segunda vez, com uma garrafa na mala! Francamente, não era pra tanto!
Ai, Fê, que história, hein? Perdoe a indiscrição, mas esta sogra me pareceu meio chatinha, também. E me deu a maior vontade de ser sua hóspede por pelo menos um dia. Beijo!
Ai, eu concordo com a Carla. Eu tambem faco esses salamaleques, exceto pelo roupao e pantufas, isso ai so pra minha mae…hehehe.
A minha maior vergonha foi quando tive que acordar uma hospede. Menina, ela tava dormindo demais, a gente tinha combinado de tomar cafe junto e depois ela iria pegar a estrada e eu iria trabalhar. Tive que acorda-la, senao nos duas iriamos nos atrasar.
Adorei os salamaleques Fer. Se fosse sua hóspede provavelmente eu faria um super café pra você para retribuir toda a gentileza em me receber tão bem e tão carinhosamente.
Beijos
Penso de forma bem diferente.
A coisa que mais me incomoda, quando vou para casa dos outros, é de ser servido e sentir que “o anfitriã” faz o maior esforço para me tratar como se eu fosse um cliente de hotel (fora o carinho e a amizade). Isso é constragedor para caramba!
Daí, quando vêm para minha casa, não faço nada especial para os convidados se sentir bem a vontade. Deixo até a vassoura num local bem evidente e uma lista do lugar de cada ingrediente na cozinha…
Ah, se um dia eu for praí nem vou querer saber de hotel – vou querer ficar na sua guest house, com vários chocolatinhos no meu travesseiro! 😀
Olá Fer, sou da mesma opinião da Carla, levantar primeiro que o anfitrião é que não, até poque eu gosto de ficar na cama um pouquinho mais, por isso não me iria custar nada, ou então esperaria o anfitrião acordar e iria junto ajudar a fazer o pequeno almoço. Pelo que pude ler voçê é mesmo boa a receber com vaso de flores, pantufas felpudas…que bom… eu podia ser sua hóspede nem que fosse só por um dia, quer me convidar!!! 🙂 estou brincando!!!
Fer, voçê continua muito boa nos textos que escreve é um gosto lê-los.
Beijos
Normalmente se fico hospedada na casa de alguém tento só me por a pé depois dos donos da casa, para não incomodar, fazer barulho… e longe de mim levar o café comigo! Seria um insulto, não?