gelatina de goiaba

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O inverno chega gelado e nevoento e me dá uma vontadezona de comer gelatina. Tem coisa que não tem explicação. E a gelatina que eu queria comer tinha que ser de fruta e cortada assim em cubinhos. Fui cuidar de aplacar a tal vontade. Fazer gelatina parece uma coisa fácil, mas tem lá os seus truques. O líquido quente é fundamental. Por isso desperdicei suco de laranja batido com pedaços de manga, porque não coloquei uma quantidade suficiente de liquido borbulhante e a gelatina não firmou. Tentei uma segunda vez, usando então um suco de goiaba de ótima qualidade, sem açúcar, sem corantes, nem preservantes.

4 envelopes de 7 gr cada [28gr total] de gelatina em pó sem sabor
1 xícara de suco de fruta frio
3 xícaras de suco de fruta aquecido até o ponto de fervura

Mel ou agave nectar a gosto para adoçar
Numa vasilha grande e rasa, polvilhe a gelatina na xícara de suco frio e deixe dissolver bem, por 1 minuto. Numa panela esquente as 3 xícaras restantes de suco ao ponto de fervura e despeje sobre a mistura de gelatina. Mexa com um batedor de arame para dissolver bem. Junte mel ou agave nectar a gosto, misture bem, cubra com plástico e leve à geladeira por no mínimo 3 horas. Remova da geladeira e corte em cubinhos com uma faca molhada.

my moleskine

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Acho que todo mundo que gosta de escrever carrega na bolsa ou bolso um moleskine. Eu tenho o meu. Nem sempre foi um moleskine. Nos tempos do onça eram pequenos caderninhos de espiral ou brochura, que amassavam e rasgavam dentro da bolsa. Com o moleskine não acontece dessas desgraças, pois apesar de ser maleável, ele tem uma capa dura e um elastico segurando, que previne que ele se abra. Eu carrego meu moleskine pra onde for, no dia-a-dia e em viagens longas ou curtas. Uso ele para anotar detalhes importantes do que eu comi, o nome do vinho, endereços de lugares, informações pertinentes, e-mails de pessoas que eu por ventura encontre e algumas idéias. Usei meu moleskine quando fui ouvir o Michael Pollan em Berkeley, porque é óbvio que nem pensei em levar um bloco de anotação. O moleskine sempre me salva, porque minha memória é péssima. Esses caderninhos são objetos de desejo de quem gosta de escrever e de desenhar [há moleskines com páginas brancas, sem linha] também pelas histórias que eles carregam. É sabido que Ernest Hemingway escrevia suas idéias num moleskine, assim como Picasso, Matisse e van Gogh rabiscavam seus desenhos num deles.

salada de berinjela assada, pinoles & alcaparras

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Outra receita do Everyday Greens da Annie Somerville, que é própria de final de verão quando as berinjelas e o manjericão estão abundantes. Como ainda tenho recebido berinjelas pequenas e tímidas e alguns raminhos de manjericão perfumado na minha cesta orgânica, pude fazer essa salada incrivelmente saborosa que tenho certeza será repetida a beça no próximo ano.

Corte 2 berinjelas pequenas ao meio e depois em fatias diagonais—a receita original usa berinjela japonesa, mas eu usei a comum. Numa vasilha coloque a berinjela e tempere com sal grosso, flocos de pimenta vermelha, um dente de alho picadinho e azeite. Mexa bem para o tempero ficar bem impregnado, distribua as fatias de berinjela numa forma e coloque em forno pré-aquecido em 375ºF/ 190ºC por 20 minutos, girando a forma no meio tempo. Corte 1/4 de uma cebola roxa em fatias finas [eu usei a cebola branca] e mergulhe em água fervendo por 20 segundos. Coe as fatias de cebola e tempere com vinagre de vinho. Reserve. Remova a berinjela do forno, deixe esfriar. Toste um punhado de pinoles na frigideira ou no forno. Dessalgue um punhado de alcaparras, se usar as conservadas no sal. Misture as berinjelas assadas com as cebolas, os pinoles tostados, as alcaparras e folhas de manjericão cortadas em tirinhas. Tempere com vinagre balsâmico e deixe marinando por 30 minutos. Sirva a seguir.

picles de nabo

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Tenho carregado o livro Everyday Greens da Annie Somerville pra cima e pra baixo. Praticamente todas as páginas já estão marcadas com post-its, pois todas as receitas são interessantes e inspiradoras. A Annie Somerville é a atual chefe do restaurante vegetariano Greens, em San Francisco. Por causa do intenso fluxo semanal de legumes e verduras na minha cozinha, minha atenção está toda voltada para eles. E esse livro está me dando inúmeras boas idéias. A primeira receita, logo nas primeiras páginas, é para um picles de nabo. Colei o post-it rapidinho, pois esse legume intrigante começou a chegar na cesta orgânica e eles são enormes, na mesma proporção da minha falta de idéias do que fazer com eles. Com essa receita do Greens pude me livrar de um nabão, que virou um picles adocicado bem interessante e vai ser um bom acompanhamento para muitos outros pratos.

pickled daikon radish
500 gr de nabo descascado e ralado em fatias finas
1/4 xícara de cebola roxa cortada em fatias finas *omiti
1 xícara de vinagre de arroz
2 colheres de sopa de molho tamari ou de soja *usei de soja
1 xícara de açúcar
4 rodelas finas de gengibre fresco

Coloque o nabo e a cebola numa vasilha grande. Numa panela pequena misture os outros ingredientes e leve ao fogo, até ferver. Jogue o molho quente sobre o nabo e a cebola, misture bem, deixe esfriar e leve à geladeira por pelo menos 1 hora. Fica melhor se feito de um dia para o outro. Mantém-se bem na geladeira, num pote bem fechado, por até três semanas. Servir como acompanhamento.

almoço no Seasons

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No dia seguinte ao Thanksgiving fui toda contentona pegar o Uriel no aeroporto e depois fomos todos almoçar juntos no Seasons. Esse restaurante já esteve por aqui um tempo atrás, quando comentei um jantar que tivemos lá com amigos. Nós vamos muito ao Seasons, porque ele serve uma comida de qualidade excepcional. Nesse dia eu e o Uriel pedimos sopas—de abóbora e bisque de abobrinha, e depois fomos todos de sanduíche e o Uriel de salmão selvagem. O sanduba mais interessante foi o Reuben pedido pela Reidun, feito com um pastrami de peru. Eu e a Marianne pedimos um frango com brie e aioli com limão e o Gabe um presunto com gruyere e geléia de frambosesa. Foi um almoço ótimo em família, para recepcionar o querido viajante.

pudim de ricota com purê de tâmara

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Outra tentativa de desafogar a geladeira. Desta vez para usar um pote de ricota fresca e um punhado de tâmaras Medjool produzidas aqui na Califórnia, que não podiam ser desperdiçadas de jeito nenhum! Fui preguiçosa e refiz uma receita de pudim de ricota que já tinha feito sucesso por estas paradas. A inovação foi que salpiquei a forma untada com amêndoa moída, ao invés da farinha de pão, e fiz um purê de tâmaras, que substituiu as uvas assadas da receita original.

Para fazer o purê de tâmaras, descaroce e pique as frutinhas e coloque numa panela com água, açúcar mascavo baunilhado e um pouco de manteiga. Cozinhe no fogo médio até o caldo engrossar e as tâmaras começarem a se desfazer. Desligue o fogo e passe tudo pelo food mill. Volte ao fogo para uma engrossadinha extra, apenas por alguns minutos. Servir sobre o pudim de ricota.