Feijoa

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Na barraquinha do Farmers Market essas frutinhas estavam sendo vendidas como um tipo de goiaba mexicana, cultivadas na Califórnia. Experimentei uma e achei o gosto bem parecido com a goiaba mesmo, só que com bem menos sementes e uma polpa incrívelmente perfumada. A casca é amarga e é mais comum se comer só a polpa, com uma colher. Foi o que fizemos hoje no almoço. Depois fui dar uma pesquisada na frutinha e descobri que ela é original do extremo Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Quem diria, hein? Tantos anos no Brasil e nunca tinha visto uma dessas…

no quintal

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» abri um livro de receitas que eu não abria há anos e encontrei esta foto marcando uma página. que fofurice! sou eu, com uns cinco anos, já banguela e rindo sem mostrar os dentes [que acabou virando uma caracteristica minha] e meus irmãos, Paulo Eduardo [com a cabeça deitada na mesa] e Carlos Augusto. a Leandra, minha irmã, devia ser um bebê, nem apareceu na foto. eu me lembro dessa mesinha, pintada de azul clarinho, que usávamos pra tudo. neste dia estávamos fazendo algum artesanato. talvez não dê pra ver muito bem, mas eu tenho um curativo, com esparadrapo e gase, num dos pés. eu era a rainha dos acidentes e machucados. ainda sou, né?
* post reciclado do The Chatterbox.

pelo menos uma coisa nós não temos em comum

Li que a França vai proibir que se fume em lugares públicos a partir de 2007. Estou muito mal acostumada com as leis anti-fumo super restritas da Califórnia, onde não se pode fumar quase que em lugar nenhum. No campus da universidade, por exemplo, só se pode fumar pra fora e afastado vinte yards [18 metros] de qualquer prédio, porta ou janela. Os fumantes são realmente marginalizados. Isso pra mim é o paraíso, já que cresci e vivi uma parte da minha vida adulta dividindo carros, ônibus, elevadores, salas, restaurantes com seres baforantes – e que baforavam na sua cara sem o menor constrangimento. Pra mim, ver essas medidas serem adotadas mundialmente é como se eu estivesse me vingando pessoalmente de cada fumante sem educação que nunca pensou que eu não tinha escolhido – como ele – fumar. No ano passado em Montpellier, na França, fomos à uma pizzaria e sentamos isolados na nossa mesinha rodeados por mesas ocupadas por pessoas fumando. E elas fumavam ANTES, DURANTE e DEPOIS da refeição. Me senti viajando no tempo, direto pros meus anos de criança e adolescente no Brasil e realmente me deu raiva. Meu pai – um ser fumante – uma vez elogiou os CINZEIROS que ele viu nos ELEVADORES em Portugal. Eu me imaginei num pesadelo presa num deles, com alguém fumegando, fumegando… Felizmente aqui nem se acha mais cinzeiros pra comprar!

consumismo e invencionices

O último final de semana foi prolongado, com o feriado do dia dos veteranos – aqui só tem feriado cívico, com exceção do Natal. Então tive tempo para ir às compras. Precisava ir ao Trader Joe’s e terminar minhas compras da viagem. Fiz todas as coisas de loja que tinha que fazer – incruzive consegui catucar e sangrar o zóio enquanto experimentava casualmente uns óculos escuros numa loja. Por causa desse trancetê todo, não exercitei minhas fascinantes e refinadas técnicas culinárias. Mas inventei bastante moda.
Na sexta-feira, um Farfalle com molho de Roquefort.
Cozinhei os farfalles na água e sal. Fiz um molho branco, receita de um livrinho antigo de comida italiana. Numa panela derreta uma colher de sopa de manteiga. Acrescente uma colher de sopa de farinha de trigo e mexa bem com o batedor de arame. Junte 1 xícara de leite, vai batendo bem rápido para não encaroçar. Pode colocar uma colher de chá de noz moscada ralada. Cozinhe mexendo sempre até engrossar. Desligue o fogo e acrescente um triangulo grande de queijo roquefort picadinho, mexa bem até o queijo derreter completamente e o molho ficar bem grosso. Misture ao Farfalle cozido e sirva com uma salada verde, que foi o que eu fiz.
No domingo um Purê de Abóbora e Batata Doce, que acompanhou um lombinho assado.
Cozinhe a abóbora e batata num pouquinho de água. Quando elas estiverem bem molinhas, escorra a água, amasse bem com um amassador perfurado. Acrescente meia xícara de creme de leite fresco, uma colher de sopa de queijo parmesão ralado, sal e pimenta do reino a gosto e ciboulette picadinha. Misture meia xícara de queijo Gouda – ou qualquer queijo de consistência firme e sabor forte. Misture bem até o queijo derreter e sirva.