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e o gato ronca na almofada
Foi um final de semana ocupado, mas sem muitas invenções de moda na cozinha. Jantamos fora na sexta à noite e sábado no almoço. Fiz pizza no sábado à noite e carne assada com saladinhas variadas no domingo. Não fiz sobremesa, não assei torta, não experimentei, não inovei. Estive ocupada fazendo tanta coisa. Mudança de estação parece que pede reorganizações e arrumações. E minha casa precisa de muita reorganização e arrumação, a começar pelos armários e gavetas da cozinha. Mas um passinho de cada vez. Começei pelo armário do hall de entrada e vou fazer tudo aos poucos. Plantei mais ervinhas e lavandas, pendurei lanterninhas de madeira na porta, e olha só, com empurrãozinho da Elise, decidi, me registrei e no domingo eu vou lá!
I say hello
a panela certa
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Enquanto passava a minha pilha de livros pela registradora, a dona da livraria apontou esse – The Cookware Cookbook – e disse que quando fez a encomenda do lote desse livro logo pensou quem seria a audiiência para ele. Eu! Of course! Disse pra ela que eu precisava de umas aulinhas de panela, pois sinto que estou sempre usando a panela errada para preparar as receitas. Muito funda, muito rasa, muito grossa, muito fina, muito larga, muito pequena – muitas vezes decido trocar de panela no meio de um preparo, pois estou vendo que a coisa não está funcionando. Com algumas coisas não dá pra improvisar. Ou você usa o utensílio correto, ou…..
vai para o forno, ou não vai?
raizes de sol
salmão assado no papel
Fazia muito tempo que eu não preparava um peixe assado no papel. Fica ótimo, muito saboroso porque retém todos os liquidos e sabores, e é saudável. Hoje, dia perfeito para um prato desses, porque são três da tarde e eu já estou na frente da tevê, vendo as chatonildas da Joan e Melissa Rivers no Red Carpet em Los Angeles.
Da revista Martha Stewart Living de janeiro de 2005:
Salmon, spinach, and potatoes baked in parchment
1 colher de sopa de manteiga amolecida
1 colher de sopa de alcaparras escorridas, lavadas e picadas
1 colher de sopa de salsinha picada
1 dente de alho picado
1 batata grande ralada em fatias bem finas – eu usei 4 pequenas
Sal grosso e pimenta do reino moída a gosto
2 shallots em fatias finas – eu usei uma cipollini pequena, mas qualquer cebola vale
1 xícara de espinafre – a receita pede baby, mas eu não tinha, então usei cress
2 filés de salmão – usei o selvagem
1 limão amarelo cortado em fatias
Pré-aqueça o forno em 400ºF/205ºC. Corte duas folhas de papel para assar – parchment paper – 40X50 cm.
Misture bem a manteiga, alcaparras, salsinha e alho. Reserve. Rale as batatas. Dobre o papel no meio e coloque metade das batatas forrando o meio de um dos lados. Tempere com sal e pimenta. Salpique com parte da cebola picada. Forre com metade do espinafre [ou outra folha verde], coloque o filé por cima e salpique com mais cebola picada. Cubra com algumas fatias de limao e coloque metade da mistura de manteiga sobre o limão. Feche o papel como se fosse um pastelzão. Vá dobrando o papel formando uma lua, tentando deixar o mais lacrado possível. Faça o mesmo procedimento na outra folha de papel com o outro filé. Asse por uns 20 minutos, ponha os pacotes nos pratos e abra cuidadosamente com uma faca ou tesoura, pois pode sair um vapor quente.
Esse peixe fica delicioso, com uma caminha de batata perfeita, mais todos os outros temperos que misturam-se ao salmão de maneira super delicada. E o melhor de tudo é que não suja absolutamente NADA!
crok crak
chá verde
grawwwwwwwwwwwwwn!
Se tem uma coisa que me dá nos nervos BIG TIME é ficar ouvindo barulho de bocão e gente mastigando. Eu vou pra casa almoçar—sei, sou uma sortuda por morar a dez minutos de bike do local onde trabalho. Meus colegas não têm a mesma sorte. Nosso prédio é na verdade uma pequena casinha, anexo de um prédio maior. Não é o local mais espaçoso do mundo, nem foi designado pra se fazer picnic nele.
A jornalista almoça discretamente uma maçã e um pacote de doritos, e toma café ou coca-cola. O programador chefe esquenta seu pocket diário de queijo e pepperoni no microondas. O outro programador vive com um garfo no bolso da camisa, mas eu nunca vi o que ele come, como não vejo o que o pessoal da área administrativa come. Agora o meteorologista — raios e trovões — come todo dia uma tonelada de junk food, que ele traz de uma das cafeterias da universidade. É daquelas comidas nauseabundas, sempre acompanhadas de um copão de algum liquido borbulhante, que ele slurrrrrrrpsluurrrrp nada discretamente…. A figura irritante come a gororoba fedorenta sentado no cúbiculo dele, que fica ao lado do meu. Então todo santo dia eu enfrento uns quinze minutos de tortura sensorial. Tento me defender me contorcendo e fazendo caretas, totalmente repugnada pelo cheiro das tranqueiras que ele devora. Elas são daquelas que vem embrulhadas em papel que faz creeeeaappp, às vezes acompanhadas de chips CROCANTES, e que ele mastiga beeeem mastigado, morde bem com todos os dentes, com muita fome e vontade, lambe os beiços e lava tudo com o sluuurrrrrrrpppp.
Vou ter que trazer algum apetrecho de aromaterapia ou defumador, e um fone de ouvido salvador para me ajudar a manter a pose zen durante a hora do almoço super light do meu colega jamelão*!
*esse, o tal, que uma vez quando eu estava tossindo alto, me ofereceu um drops de halls… minha tosse não deveria realmente incomodá-lo, afinal, ele passa o dia trabalhando de headphones, ouvindo Céline Dion.
