Radio Days

radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days
radio days radio days

Sou completamente fanzoca do Woody Allen. Tanto que me esforcei para ver seu novo filme, To Rome with Love, numa sala de cinema e no mesmo dia da sua estréia na minha cidade. Tenho alguns filmes dele que guardo como se fosse uma pérola herdada da bisavó e que vira e mexe eu olho, com reverência e admiração. Infelizmente esse último filme dele não entrou para a lista dos meus favoritos. Pior, eu simplesmente detestei!

Fui então rever um dos meus favoritos—Radio Days. Esse filme me encanta e me fascina em tantos aspectos que nem sei como iniciar uma abordagem coerente. Assisti me concentrando no assunto principal deste blog e coloquei minha atenção nas cenas de comida. E são muitas. A maioria na pequena cozinha da família do protagonista, que é realmente a casa dos avós, onde moram também os pais e os tios. É uma casinha modesta num bairro de Queens em New York durante o inicio dos anos 40. E o rádio, com seus shows e música, é o fio que conecta todas as pequenas historietas. Como o programa que a mãe escuta enquanto lava a louça ou prepara o jantar ajudada pela irmã na minúscula cozinha, ou a música que embala as celebrações de aniversário ou ano novo na sala de jantar ou de estar. O rádio também está presente em algumas cenas em locais públicos, como o soda bar de uma lanchonete onde as garotas escutam o crooner romântico do momento enquanto bebem root beer floats de canudinho, ou num automat em Manhattan ou no diner de esquina de bairro. O filme é um primor de reconstituição de época dos macro aos micro detalhes. E é inteligente e engraçado. Sem falar nas músicas, os hits da época da segunda grande guerra, que são absolutamente clássicos.