the smiling lieutenant

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The Smiling Lieutenant é um daqueles filmes que você assiste, do começo ao fim, com um sorriso apatetado na cara. Tudo nele é fofo e adorável. Dirigido pelo alemão Ernst Lubitsch em 1931, ele faz parte dos maravilhosos filmes pre-code, isto é, da fase liberal de Hollywood, antes da imposição do código careta nos roteiros dos filmes. Isso quer dizer que The Smiling Lieutenant é recheado de sexo, drogas & all that jazz! Muitas insinuações sexuais picantes, tramas ousadas e vestidos decotados, vaporosos, transparentes e acetinados—nem sombra da presença dos horripilentos sutiãs de bojo. Como sempre faço, já vi e revi o filme inúmeras vezes e me encanto ou dou gargalhadas sonoras sempre com as mesmas cenas. A história é muito divertida. Maurice Chevalier é um tenente do exército austríaco, mulherengo e fanfarrão que começa a namorar a Claudette Colbert, uma garota liberada que comanda e toca violino numa banda só de mulheres. Quando o rei e a princesa do reino de Flausenthurm chegam em Viena, o tenente está na parada de recepção. No momento em que ele vê a namorada do outro lado da calçada e dá um sorrisinho e uma piscada para ela, a carruagem real passa e a princesa Miriam Hopkins pensa que a piscada é para ela. Dali em diante cenas divertidas abundam.
Ernst Lubitsch ficou famoso em Hollywood pela elegância dos seus filmes, sempre cheios de detalhes delicados e com um humor muito inteligente e sofisticado. Muitos dizem que seus filmes tinham um toque especial, o “toque de Lubitsch”. Eu concordo totalmente. Ainda não vi um filme dele que eu não tenha adorado. Apesar de não gostar muito do Maurice Chevalier, relevei por causa da presença da foférrima Claudette Colbert—que está a cara da Betty Boop—e da Miriam Hopkins—que era a inimiga number one da Betty Davis e portanto completamente odiada pelo Moa—que eu considero uma grande comediante, além de linda e charmosa.
Eu tinha que destacar uma cena do filme que tem comida envolvida. Desta vez, comida e sexo. Nessa sequência Chevalier e Colbert tomam café da manhã juntos e cantam um pro outro, com insinuações de que passaram a noite juntos, não exatamente tocando violino e piano. Pode até ser que seja apenas uma canção romântica, sem nenhuma insinuação sexual, mas se for o caso, peloamordededeus alguém me explica o que significa quando ela diz que se esvaece quando ele invade a marmalade?

he: a dinner, a supper for two believe me I know what to do, but breakfast is colder, love seems much older, yet the exception is you. you put kisses in the coffee, such temptation in the tea
she: i get a trill that sends a chill right through me, when you pass the toast to me
he: there’s paradise in every slice of bacon
she: and you awaken such yearning when you beg for scrambled eggs
he: and you put “it” in every omelet
together: breakfast time, this must be love!
he: you put glamour in the grapefruit, you put passion in the prunes
she: i find romance each sweet entrancing moment, every time you touch the spoon
he: i must admit with every bit of liver I start to quiver
she: i’m gone… when you invade the marmalade
he: and you put magic in the muffins
together: breakfast time, this must be love!

5 comentários em “the smiling lieutenant”

  1. Eu diria que este diálogo é puro sexo, hehe.
    Cada vez é a primeira, quando revejo um filme que adoro.
    Bjs 🙂

  2. Ah, ah, ah!
    Faz tempo que assisti a um ciclo do Ernst Lubitsch na cinemateca de lisboa, mas não vi este filme.
    Vou tentar ver.
    🙂
    Beijinhos. E bom fim-de-semana. 🙂

  3. Minha Cara Fernanda,
    você se incomodaria de enviar-me nomes de alguns filmes como esse para eu tentar alugar nas locadors da asa sul de Brasília?.Fico babando com vontade de assistir também
    bjus
    Leo

  4. He he, já ri muito com essas frases 🙂
    “…when you pass the toast to me”
    “…when you beg for scrambled eggs”
    “…you put it in every omelet”
    “…every time you touch the spoon”
    e etc. 🙂
    Frases carregadinhas de insinuações sexuais e muito divertidas he he
    Adorei!

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