Tarde da noite de 12 de agosto de 1993, o presidente dos Estados Unidos que adorava junk food ligou para o restaurante Chez Panisse direto do seu avião particular, o Air Force One. Ele estava faminto. Alice Waters estava em San Francisco, mas um telefonema a trouxe de volta a Berkeley, atravessando a Bay Bridge em alta velocidade. Uma hora depois, Bill Clinton e companhia aportaram no Chez Panisse. Tentando ignorar os quarenta agentes do Serviço Secreto que se espalharam pelo restaurante, Alice se empenhou ao máximo para montar um cenário de elegante hospitalidade, servindo ao presidente uma pequena ceia no meio da noite, com tomates golden nugget, fettuccine com milho e caranguejo, uma salada de vagens e cogumelos chanterelles, pizza sem queijo [ítem que a dieta do presidente não permitia], prosciutto caseiro, e de sobremesa—a parte da refeição que Alice sabia ser a favorita de Clinton—sorvete de blackberries, raspberry shortcake, framboesas, morangos, maças Gravenstein e um pudim de limão com morangos selvagens. Alice não deixou o presidente pagar a conta.
No dia seguinte o jornal San Francisco Chronicle relatou a visita do presidente ao restaurante em Berkeley—Alice, que tinha declinado o convite para cozinhar na posse do Ronald Regan em 1982 argumentando que não sabia onde ficava Washington, aproveitou a oportunidade para chamar a atenção de Clinton para o projeto das hortas em San Francisco, onde os prisioneiros plantam os legumes e verduras que depois são vendidos para restaurantes como o dela. Ela falou também sobre a importância de estar conectado com o que se come e se planta.
Thomas Mcnamee – Alice Waters and Chez Panisse
Nos anos seguintes, Alice se empenhou numa correspondência com Bill e Hillary, onde abordava a possibilidade da implementação de uma horta na Casa Branca e também sobre o seu projeto dos Edible Schoolyard. O casal Clinton respondia as requisições de Alice, com gentileza, mas sem nenhuma determinação em efetivar nenhum projeto de horta. E nunca fizeram.
Oi Fe!
Pois é.. li este post e me lembrei com trsiteza de uma coisa, quando era pequena estuda em u colegio estadual, era uma escola muito boa, com bons professores, um patio bonito pras crianças brincarem e tinhamos técnicas domesticas, uma das atividades das técnicas domesticas era cultivar uma horta!!
Sim o colégio tinha uma linda horta com mais de 10 canteiros! As criancinhas levavam as sementes e semeavam, cada turma era responsável por um canteiro, tudo que cultivávamos era usado no refeitório! Era muito legal, eu cheguei no fim da horta já, meu irmão mais velho teve mais participação nos canteiros da horta… e meu irmão mais novo só viu o mato crescer ali que era do lado de uma quadra de areia (o areião) onde se jogava futebol. O tempo e os governos deixaram a escola ficar feia, sem cor e sem criatividade. Hoje quando passo ali fico muito triste de ver uma escola que era exemplo pra muitos feia e mal cuidada.
Pelo menos me sobra uma boa lembrança!! A horta!!!
Pois não me surpreende que nunca o tenham feito. Infelizmente é assim. Eu por mim prefiro ‘inions’ mas eu não voto nas primárias americanas!!
Fer, quero agradecer-lhe por me ter apresentado a Alice Waters. A cada dia sou mais fã da Senhora, ela é o máximo! Fiz o lemon curd da receita da Alice como vc postou aqui e é incomparavelmente melhor que a minha receita anterior. Obrigada às duas!
Bj grande
Elena, dah uma olhada no projeto — http://www.edibleschoolyard.org/
Horta nas escolas! Hum, essa idéia muito me agrada! vou sugerir à minha amiga professorinha, quem sabe sai algo!
Será que em Brasília tem horta?
Obama, indeed! 😉
Nossa, pensei exatamente a mesma coisa!Quem sabe um dos “changes” possa ser uma horta na Casa Branca.
Obama na Super Tuesday!
Por estes (e outros) acontecimentos é que Obama está na frente…