Em algum dia no verão do ano dois mil eu escrevi:
Isso aconteceu por três anos, enquanto meu marido trabalhou num projecto de tomates, que não sei, nem lembro com detalhes o que era, mas com certeza era uma máquina. Durante esse período ele fazia testes nos campos do maior produtor de tomates da Califórnia. E o pessoal empurrava os tomates pra ele. Acho que todo mundo que trabalhava nesses campos levava pra casa os tomates que não tinham passado na peneira da perfeição. Era um mundaréu de tomate, uma coisa impressionante. Hoje ele tem outros projectos, que vez ou outra me rendem outros frutos – mas eu não gosto mais dessas histórias, porque não tenho mais tempo para transformar a minha cozinha numa processadora de alimentos. E me contento enormemente com a modesta produção de tomates da minha pequena horta, que só hoje me deu frutos suficientes para fazer um grosso molho de macarronada.
De repente me deu vontade de tomar um gazpacho…
Adorei a narrativa do ‘desespero’. Só de ler pareceu que eu é que tinha todos os tomates na minha cozinha. Quase entrei em pânico.rss Bom Domingo!