Quem já não sofreu de bloqueio de cozinheiro, debatendo-se sem idéias do que fazer para o jantar? Comigo isso acontece bem frequentemente e nem sempre eu apelo para o macarrão, que é o melhor quebra galho nessas horas agonizantes. Ontem foi um desses dias. Voltando para casa às cinco da tarde [que já era noite] me deu um desespero total, pois eu não tinha a mínima idéia do que iria cozinhar. Pensei em passar num dos três supermercados que eu gosto e comprar algo, mas nem imaginação para ingredientes eu estava tendo. Fui pra casa quase decidida à preparar um macarrão alho e óleo – que eu adoro, mas convenhamos, não é a comida mais saudável e nutritiva que existe.
Em casa comecei a abrir e fechar portas de armários e geladeira. O que tenho aqui? Hmmm. Lentilhas pretas Beluga. Sopa! Lata de cogumelos, rolinho de massa de biscuit da Pillsbury. Cheiro verde, azeitonas pretas. Cerveja. Voilá!
O menu sem inspiração de ontem:
– sopa de lentilhas pretas beluga com cerveja. refogar três dentes de alho no azeite, acrescentar a lentilha lavada e escorrida, fritar por uns minutos, juntar água, cozinhar até as lentilhas ficarem bem macias. Salgar à gosto. Acrescentar cerveja, cozinhar por mais uns minutos. Servir super quente.
– pasteis de forno recheados de cogumelos. para o recheio colocar no food processor uma lata de cogumelos, salsinha à gosto, meia cebola picada e azeitonas pretas [das gregas, please!] picadas. não pôr sal, pois o cogumelo já vem na salmora. abrir as massinhas pra biscuit com o rolo e rechear. apertar as bordas com o garfo, pincelar com um ovo batido com um pingo de leite [ou heavy cream]. assar em forno médio até ficarem dourados. servir acompanhado de uma bela salada de alface.
Eu geralmente cozinho ouvindo música. Ontem era Dylan, que eu sempre acompanho cantando e até dançando – imaginem se alguém resolve parar na rua pra olhar através da janela essa cena contrangedora? Quando resolvo usar cerveja numa receita, sempre bebo um pouco e cozinho muito mais animada. Prefiro beber enquanto cozinho do que acompanhando a refeição.
Claudio, yes!
Carla, eu nunca experimentei o croissant da Pillsbury, mas imagino que nao possa ser bom…. ja o biscuit, que nao eh mesmo um paozinho sofisticado, dah pro gasto. eu nao uso pra fazer o pao, mas de massinha basica pro pastel. dica que aprendi com o Alton Brown…. 🙂
beijos!
Convenhamos, Fer, esse jantar ai nao tem nada de “sem inspiracao”. La em casa rolam uns omeletes basicos nessas horas – mas muito bem feitos.
Eu nunca comprei essas massas Pillsbury porque comi uns croissants uma vez que eram so gordura. O biscuit e bom, e?
Fer, o problema de beber enquanto se cozinha, é acabar só acompanhando a refeição… já cozido.
Lys, eu detesto ovo, entao o maximo que poderia improvisar com esse ingrediente seria uma omelete! 🙂
Fer, que humilhação! Então quando você está SEM inspiração, faz esse tipo de comida? Sabe o que eu faço? Ovo frito com arroz e salada de tomates! Hahaha. Você é muito modesta, darling!