figos com vinho do Porto

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Quando a Constance Escobar sugeriu uma redução de vinho do Porto para acompanhar os figos frescos, fiquei entusiasmadíssma e já fui logo perguntando como fazer. Ela ensinou—para cada 500ml de vinho, 100gr de açúcar e um pau de canela, deixar reduzir até virar um xarope.

Eu fiz e servi com os figos frescos. Fica uma sobremesa deliciosa e bonita de ver. Nossa, que chique, foi o comentário do crítico. Comemos todos, um por um!

torta de figo com mascarpone

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Essa torta era prioridade na minha lista de receitas para fazer. Aproveitei o final de semana, que é quando tenho mais tempo para me atrever em performances mais elaboradas e mandei bala. Fui até a árvore de ninguém buscar os figos, pois queria fazer exatamente como a querida Pipoka fez, com os figos verdes.

Para a massa:
1 e 1/2 xícara de de farinha de trigo
1/2 xícara de cornmeal
1 colher de sopa de açúcar
¼ colher de chá de sal
½ xícara – 113g de manteiga sem sal, cortada em cubos
1 ½ colher de sopa de alecrim fresco [*usei o seco]
4 a 5 colheres de sopa de água gelada
Para o recheio:
Figos frescos a vontade cortados em rodelas
½ xícara de sour cream
1 xícara – 225 gr de queijo mascarpone
¼ xícara de açúcar
1 ½ colher de chá de raspas de limão

No processador pulsar a farinha, o cornmeal, o açúcar, o alecrim e o sal. Juntar a manteiga e pulsar até a mistura ficar granulada. Colocar 4 colheres de sopa de água gelada e continuar pulsando até formar uma massa consistente. Se precisar, colocar mais um pouquinho de água, até a massa dar liga.

Colocar a massa numa forma de torta com fundo removível pressionando com os dedos . Gelar por 30 minutos. Assar em forno pré-aquecido a 400ºF / 200ºC por 20 ou 30 minutos. Remover do forno e deixar esfriar completamente.

Para o recheio misture bem todos os ingredientes numa tigela. Colocar o recheio na forma quando a massa estiver totalmente fria e arranjar os figos por cima.
Nota: esta torta fica bem melhor quando feita com antecedência. Um dia antes faça a massa e o recheio e guarde tudo na geladeira. Monte 1 ou 2 horas antes de servir.  Mantenha a torta na geladeira.

quince tarte tatin

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Os quinces—marmelos também são sinal do outono acenando ali na esquina. Eu adoro essa fruta, seu sabor e textura. Já tinha preparado o quince em calda e adorei a idéia de fazer uma tarte tatin com ele. A inspiração veio deste blog, recomendado pela Elise. Para a massa eu usei uma receita de pâte sucrée do livro Chez Panisse Fruit da Alice Waters.
pâte sucrée
1 tablete – 113g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
1/3 xícara de açúcar
1/4 colher de chá de sal
1/4 colher de chá de extrato de baunilha
1 gema de ovo caipira
1 1/4 de farinha de trigo
Numa batedeira misture a manteiga e o açúcar e bata bem com a pá até ficar uma mistura bem cremosa. Acrescente o sal, a baunilha e a gema de ovo e continue batendo, até ficar completamente incorporado. Junte a farinha e trigo e bata até formar uma massa uniforme. Faça um bola, enrole em plástico e achate formando um disco. Gele por algumas horas ou de um dia para o outro, até ficar bem firme. Na hora de usar, retire da geladeira e abra com o rolo numa superfície enfarinhada.
Para fazer a cobertura de fruta, descasque e corte 4 quinces—marmelos em fatias grossas [pingue umas gotas de limão]. Numa frigideira que possa ir ao forno coloque 1/4 xícara – 2 colheres de sopa de manteiga e 1/2 xícara de néctar de agave [ou açúcar]. Leve a frigideira ao fogo médio e deixe a manteiga derreter e formar um caramelo com o agave. Coloque as fatias de quince na frigideir e deixe cozinhar bem até o caramelo incorporar na fruta. Retire do fogo, cubra com a massa de pâte sucrée, aberta no tamanho da frigideira. Feche bem as laterais da massa, apertando com os dedos. Leve ao forno pré-aquecido em 375ºF / 190ºC e asse até a massa ficar bem firme e dourada. Deixe esfriar bem e inverta a torta num prato. Sirva morna ou fria.

panna cotta de morango

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Essa receita tirada do site da Epicurious não me deixou completamente satisfeita. Eu queria fazer uma sobremesa com morangos frescos, que fosse gelada, cremosa e refrescante. Essa panna cotta é, de fato, tudo isso. Mas por algum motivo não me conquistou daquela maneira passional que geralmente as sobremesas com frutas fazem. Para quem quiser tentar, segue a receita.
3 xícaras de morangos orgânicos cortados em fatias
1 3/4 xícaras de buttermilk
6 colheres de sopa de açúcar
2 1/2 colheres de chá de gelatina em pó sem sabor
1/4 xícara de leite integral
1/4 xícara de creme de leite fresco
Bata no liquidificador os morangos com o buttermilk e o açúcar. Espalhe a gelatina sobre o leite e deixe amolecer, por cerca de 1 minuto. Coloque o creme de morango numa panela—se quiser pode coar antes, mas eu não fiz—e leve ao fogo até ferver. Desligue o fogo, junte a gelatina dissolvida no leite, mexendo bem até ficar bem dissolvido. Misture o creme de leite e bata bem, com um batedor de arame. Coloque em ramequins e leve à geladeira. Gele por pelo menos 8 horas. Na hora de servir, pode desenformar. Eu não fiz.

Far breton com figos frescos

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Eu coleciono as receitas da Elvira, que vou fazendo aos pouquinhos. Não somente eu, mas também a minha irmã, que é cozinheira estreante e adora a praticidade e simplicidade das receitas que a Elvira testa. Este far breton de figos frescos simplesmente me deu uma rasteira. Vim pra casa decidida a fazê-lo e como o universo sempre conspira em favor das coisas boas, a cesta orgânica da semana me trouxe um saquinho de figos—dos verdinhos, como os que a Elvira usou. Mãos à obra. Fiz apenas um terço da receita, pois estou sozinha. Vou confessar sussurrando que já devorei metade.

24 figos pequenos
160 g de farinha de trigo
100 g de açúcar
1 colher (sopa) de açúcar baunilhado
3 ovos grandes
250 ml de leite integral
250 ml de creme de leite fresco
50 ml de rum
20 g de manteiga
açúcar de confeiteiro

Pré-aquecer o forno a 400ºF / 200ºC. Untar muito bem uma forma ou uma assadeira – de barro, de preferência – com a manteiga. Reservar.

Bater o açúcar com o açúcar baunilhado e os ovos. Juntar o leite, o creme de leite, o rum e a farinha de uma só vez. Misturar muito bem.

Eliminar os cabinhos dos figos. Fazer um corte em forma de cruz em cada um, sem chegar até à base. Distribuir os figos pela forma.
Colocar a massa sobre os figos e levar ao forno por 25-30 minutos. Retirar do forno e polvilhar com o açúcar de confeiteiro. Deixar repousar. Servir morno ou à temperatura ambiente, na própria forma.

pêssego na calda de água de flor de laranjeira

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Dei uma cambalhota tripla quando vi esta sobremesa perpetrada pela fabulosa Faby do Rainhas do Lar. Mas eu nem prestei atenção no sorvete, nem no suspiro, muito menos nas amêndoas. Só conseguia ver aqueles pêssegos boiando na deliciosa calda aromatizada com água de flor de laranjeira. Fiz a receita duas vezes, pois na primeira tive dificuldade para remover a casca dos pêssegos cozidos. Então tentei uma segunda vez descascando os pêssegos antes de cozinhá-los. Usei pêssegos orgânicos, pois vocês sabem que essa fruta é a numero uno na lista das mais contaminadas por agrotóxicos.

6 pêssegos orgânicos bem firmes
2 xícaras de água
1/2 xícara de açúcar
2 colheres de sopa de água de flor de laranjeira
A Faby usa também um pau de canela, mas eu eliminei esse item, pois queria só o sabor da flor de laranjeira

Descasque os pêssegos, corte cada um em quatro e reserve as cascas. Numa panela coloque a água, o açúcar, a água de flor de laranjeira e misture bem, até o açúcar dissolver. Leve ao fogo, coloque os pêssegos cortados em quatro, as cascas e deixe ferver. Quando começar a ferver, conte 5 minutos e remova os pêssegos. Baixe o fogo e deixe a calda reduzir pela metade. Coe para remover as cascas. Deixe esfriar, junte a calda e os pêssegos e coloque na geladeira. Nós comemos os pêssegos na sua calda rosada com um pouco de creme de leite fresco, como sempre fazemos com fruta em calda. Essa receita será repetida muitas vezes. Outstanding!

pudim de ricota com molho de uva

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Essa receita fabulosa saiu da edição de julho de 2008 da revista Gourmet. Eu gostei de tudo nela—da simplicidade, dos ingredientes e do toque especial da uva assada. Fica bem fininha, portanto uma torta de 22 cm não dura muito.

Pré-aqueça o forno em 375ºF/ 190ºC. Unte uma forma redonda refratária de 9″/ 22cm com manteiga. Espalhe sobre a forma untada uma colher de sopa de farinha de pão moída bem fininha—eu faço a minha na hora, usando bolachas integrais.

Bata bem no liquidificador:
1 2/3 xícara [ou 15 oz ou 425gr] de ricota feita com leite integral
2 ovos grandes
3 colheres de sopa de açúcar
1/4 colher de chá de canela
1/8 colher de chá de sal

Coloque essa massa de ricota na forma untada com a manteiga e farinha de pão. Leve ao forno e asse por 25 minutos, ou até a massa ficar firme e levemente dourada. Remova do forno e deixe esfriar.

Faça a calda de uvas assadas, colocando numa assadeira rasa 2 xícaras de uvas vermelhas sem sementes e cortadas ao meio, 2 colheres de sopa de açúcar, 2 colheres de sopa de manteiga e 1 colher de sopa de um bom vinagre balsâmico. Misture bem e coloque no forno a 425ºF / 220ªC na grade mais baixa. Asse por 10 minutos, chacoalhando a forma uma ou duas vezes. Deixe amornar e sirva com o pudim de ricota.

Creme com gerânio perfumado

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Fiz a minha versão do creme al gerânio profumato seguindo direitinho a receita da Neide—até pinguei o limão, que no caso dela foi acidental. Só mudei o tipo de queijo e diminuí o açúcar. Ficou um manjar. Eu e o Uriel colocamos os melindres de lado e devoramos as quatro porções sozinhos, com bastante framboesa fresca.

150 gr de creme de leite fresco
150 g de queijo fresco – usei o mascarpone
2 colheres de sopa de açúcar
4 folhas de gerânio perfumado – usei o com aroma de limão
Umas gotas de limão
Framboesas frescas
Folhinhas de gerânio para decorar

Aqueça o creme de leite com as folhas de gerânio e o açúcar em banho-maria. Cozinhe por cerca de 10 minutos. Guarde na geladeira até o outro dia ou pelo menos por 8 horas. Coe a mistura, pressionando bem as folhas. Descarte-as. Junte ao creme de leite o queijo fresco e bata bem com o mixer ou batedor de arame. Acrescenteumas gotinhas de limão se quiser. Deixe na geladeira para gelar bem e sirva com as frutas frescas.

Crisp de nectarina

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Essa receita saiu do livro Chez Panisse Café Cookbook da Alice Waters e fez parte do Menu Califórnia que foi montado a pedido do Eduardo, para ser degustado pela sua simpática confraria. Ele era originalmente um crisp de pêras, mas como no final da receita a Alice sugere que essa sobremesa pode ser feita com outras frutas, resolvi testar com o resto das nectarinas do meu quintal que sobreviveram às doações e congelamentos. Ficou excelente.

Crisp de nectarina
[serve de 4 a 6 pessoas]
Cobertura
1/2 xícara de nozes ou amêndoas *usei amêndoas
1 xícara de farinha de trigo
3 colheres de sopa de açúcar mascavo
2 colheres de sopa de açúcar branco
1/8 colher de chá de canela em pó
Uma pitada de sal
6 colheres de sopa de manteiga sem sal
Recheio
6 nectarinas maduras [mais ou menos 1 quilo], descaroçadas e cortadas em fatias
1/4 xícara de açúcar
2 colheres de sopa de farinha de trigo
Pré-aqueça o forno em 375ºF/200ºC.

Toste as nozes ou amêndoas levemente e depois pique. Numa vasilha misture a farinha, o açúcar mascavo e branco, a canela e o sal. Corte a manteiga em pedacinhos e jogue na mistura de farinha, mexendo com os dedos até obter uma farofa. Junte as nozes picadas e misture bem—essa cobertura deve ficar numa consistência firme, quando pressionada com a mão. Pode ser preparada até uma semana antes e ficar guardada na geladeira.

Coloque as fatias de nectarina numa vasilha. Adicione o açúcar. Polvilhe com a farinha e misture gentilmente com as mãos. Coloque a mistura num refratário de vidro ou cerâmica—eu usei ramequins. Com uma colher, coloque a cobertura sobre as frutas, pressionando levemente. Coloque o refratário sobre uma assadeira e leve ao forno, na grade central, e asse por 40 ou 50 minutos, até que a cobertura esteja dourada e o suco das peras tenha engrossado. Sirva morno com sorvete de baunilha ou chantilly aromatizado com Armagnac. Eu servi frio e acompanhado de um copo de leite integral orgânico, quase um creme.