Inacreditável que esqueci completamente de publicar essa receita que a Manuela Cruz do Tertúlia de Sabores me passou no verão, quando tive a posse de uma árvore carregada de figos por três semanas. Foram dias horrivelmente quentes e fiquei com medo de que o doce descansando na panela por três dias fosse azedar, mas deu tudo certo. O bom é que os figos não ficam cozinhando por um período muito longo, então fazer esse doce não esquenta a cozinha. Fiz a receita como a Manuela ditou, com um quilo de figos e deu dois vidros e meio de compota. Uma eu dei de presente pra moça que me deu todos os figos, os outros comemos nós. Servi os figos para amigos que nos visitaram e o Uriel se encumbiu de devorar o que sobrou. A Manuela contou que comeu essa compota em Trás-os-Montes, terra da família do meu pai. Os figos dulcíssimos devem ser servidos com queijo.
1 quilo de figos inteiros com casca e cabinhos
1/2 quilo de açúcar
1/3 de xícara de vinho do Porto
Coloque os figos, o açúcar e o vinho do Porto numa panela grande. Leve ao fogo médio e quando levantar fervura conte dez minutos e desligue o fogo. Repita a mesma operação por 3 dias, de manhã e à noite. Deixe ferver, conte 10 minutos, desligue. Na noite do terceiro dia coloque os figos e a calda em vidros esterilizados com tampa. Eu mantive os meus na geladeira, mas foi embora tão rápido que não vou poder predizer quanto tempo essa conserva dura.
Outra dúvida: esses figos são os mesmos aqui que usamos para compotas durante o Natal, aqueles verdes?
R: não. são os figos maduros, como esses da foto, roxos.
Gostaria de fazer mas achei pouco vinho
R: a receita pede “um cálice”, eu aumentei pra 1/3 de xícara. pode fazer que dá certo! 🙂
Meta de vida: “ter posse” de uma figueira por três semanas 😉
Receita linda, Fer!
Beijos saudosos <3
R: foi um sonho, Fê! saudades também, um beijo!