Em alguns finais de semana eu cozinho mais do que em outros. Neste último até que eu fiz algumas coisas diferentes, o que me deixou bastante feliz, pois no anterior não teve muita novidade. Pode ser por pura preguiça, mas sempre escolho preparar comidas que não tenham muitos passos, nem muitos ingredientes, nos contentamos com uma mesa simples com produtos frescos e da estação—feijões, legumes cozidos ou em saladas, verduras, pão, pasta, sopa, ovos, queijo, sorvete, fruta. Aliás, pra nós fruta é sobremesa.
Eu e minha amiga Roberta conversamos sobre os Fitzgeralds, os Hemingways e os Murphys e de como muitos livros sobre eles foram escritos a partir das centenas de cartas que eles deixaram, correspondência frequente entre amigos, e que serviram como peças de um quebra-cabeças possibilitando que se contasse muitas histórias incríveis. Nós ainda tivemos esse hábito de escrever com caneta no papel, depois através do e-mail, contar nosso dia a dia, os acontecidos da nossa vida para pai, mãe, irmãos, tios, primos, amigos. Hoje parece que estamos substituindo tudo isso por cliques de “like” nas postagens das contas de Facebook ou troca de pequenos diálogos no twitter. Todo aquele registro escrito sobre nossas vidas e cotidiano que fazíamos até pouco tempo está caindo em desuso e eu me pergunto como seria possível recontar a história de alguém sem isso? Teremos muitas fotos tiradas com câmeras digitais e celulares, muitos links e bobagens compartilhados nas redes sociais, mas poucas palavras escritas.
Quando minha irmã veio me visitar em dezembro, enchi geladeira de ingredientes para possíveis receitas. Mas quando se quer aproveitar a companhia das visitas o que menos se faz é cozinhar. Por isso acabei com várias caixas de massa folhada guardadas no congelador. Daquela massa feita somente com farinha e manteiga, que por ser tão boa não pude permitir que houvesse desperdício. Descongelei uma das caixas e fiz duas tortas. Também fiz bolinhos com um risoto de ervilha torta que sobrou da semana. E comemos mais alcachofras grelhadas, mais saladas de rabanetes, pizza de queijo e aliche, macarrãozinho com alho verde e brócolis, laranjas e damascos frescos, uma torta de morango, chá feito com hortelã dos vasos e o refrescante tinto de verano feito com o que restou do vinho do sábado a noite.
Não fomos à lugar nenhum e não fizemos nada especial neste final de semana. Ficamos no melhor lugar do mundo, que é a nossa casa em Woodland. Fomos às compras, eu cozinhei, fui nadar, li livros e revistas. O Uriel cortou a grama e papeou com a vizinhança. No domingo conversamos com meus pais pelo skype, eu tirei algumas fotos, ouvimos música e descansamos.
Olá Fer,
O bacana é que você é uma mulher feliz! muito bom! e a partir daí toda a natureza, o mundo conspira a seu favor. Adoro ler o que você escreve faço isso há seis anos e nunca me canso, acompanho a cada dia o seus dias quando publicados e quando não, fico preocupada. Onde será que ela anda? estará viajando? tomara que esteja tudo em Paz com ela. Enfim, somos amigas sem nunca termos nos visto e só apareço (escrevo) para você muito raramente, não é muito diferente este tipo de relação? coisas da tecnologia! Seja sempre assim minha querida!
bjos
Leo
R: e eu fico felicissima com isso, Leo! escreva mais! beijos, :-*
Oi Fer,
Lendo seu fim de semana, me vi nele. Para mim, meu melhor lugar é minha casa e, me divertir significa tudo isso: ler, cozinhar, conversar, ouvir música e descansar. O que é mais é preciso?
Bj,
Lylia
R: mais nada né Lylia! um beijo 🙂
Achei linda a montagem das fotos e um monte de coisas gostosas. A cozinha para mim é uma terapia.
Temos amigos virtuais comuns, e por isso vim dar uma espreitada por aqui e gostei.
Convido-te para visitares meu http://www.almadegordamaravilha.blogspot.com, e também o que está no endereco.
Abracos e uma semana abencoada!
R: obrigada, Marlene. te visitarei sim. abs!