what a day, what a week

the longest week the longest week the longest week
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Meus dias de semana estão corridos e muito ocupados, tudo feito com hora marcada, às vezes não dá ânimo nem de cozinhar quando chego em casa à noite, e ainda preciso fazer ginástica, quero ler um livro, meus gatos precisam de atenção. Mas nos finais de semana eu realmente uso e gasto a minha cozinha, faço muitos rangos cujas sobras viram marmitinhas pra mim e pro Uriel durante a semana. Ainda estou colhendo muitas camélias no jardim, que vou colocando em vasos e jarrinhas. Vou ao Farmers Market em Davis um sábado sim, outro não [ou dois não]. Num deles comprei um radichio que parecia uma flor gigante e negra. Com ele fiz um risoto, daqueles super simples, usei caldo de frango feito em casa e vinho tinto. E o lindo broccoli rabe eu fiz refogado com alho no macarrão. Encontrei umas árvores de laranjinhas kinkãs pertinho do meu prédio na universidade e colhi um montão. Fiz uma marmalade que ficou [inesperadamente] ótima. E a surpresa do último final de semana foi a alcachofra ‘beijada pela geada”, que a deixou com uma cara de atropelada, com manchas amarronzadas nas folhas externas. Mas depois de cozidas as manchas somem e ficamos apenas com uma alcachofra deliciosa. Servi acompanhada de um vinagrete de limão meyer e tomate seco ao sol, que eu pulverizo no mini-processador e junto nos molhos de salada. E os azeites são californianos.
Os finais de semana em casa são tão bons que nem quero sair pra lugar nenhum. Pela manhã o Uriel gasta horas lendo o jornal de cabo a rabo, depois vai me contando as histórias que ele acha que vão me interessar ou separa os artigos pra eu mesma ler. Neste final de semana ele me contou que agora tem um salão para os viajantes praticarem ioga no aeroporto de San Francisco e que o Facebook comprou um campus em Menlo Park e que lá os funcionários podem fazer ginástica enquanto trabalham em cubículos de vidro. Separou uma matéria sobre o edible schoolyard da Alice Waters vindo para Sacramento. Bebemos chá de gengibre com limão e sentamos pra conversar na sala que adoramos e que é chamada muito apropriadamente de “sunroom”. Quando saímos pela manhã vamos às compras e passamos pelos campos sendo preparados para os tomates e girassóis ou pelos nogueirais nus. Quando saímos à noite vamos à algumas das [poucas] pizzarias que gostamos na região. Daí eu bebo uma taça de vinho, ouvimos jazz na rádio dos anos 40 no carro e na volta quando entramos na nossa vizinhança já chegando em casa, o meu coração se enche do mais puro amor.

13 comentários em “what a day, what a week”

  1. Amei seu blog..
    Adorei sua descrição do fim de semana … ultimamente estou gostando muito de ficar em casa …hoje terça de carnaval eu em casa e feliz da vida..

  2. Oi Fer,
    São Paulo está uma loucura. Os pets todos lotados de bichos para tomar banho. Resultado, depois de uma semana de stress, liguei o computador para te dar um oi depois de lavar o gato, secá-lo, preparar meu almoço e agora correr para o supermercado.
    Gostei da torta, do texto e da Betty (hoje eu era a própria, limpando o banheiro pós banho do Boli)
    Bjs querida e até a próxima
    Lia
    PS.: Será que acerto fazer a torta?
    R: Lia, acho que a vida tá corrida em todo canto, né? faz a torta sim! beijo

  3. Fer, seu blog é uma delícia!
    Descobri há uns 15 dias e foi amor a primeira vista. O amor que vc parece colocar nas coisas mais simples transmitem uma paz imensa.
    Ler esse post fez meu dia mais feliz!
    Beijos
    R: Renata, muito obrigada e seja sempre bem-vinda! beijo.

  4. Fer,
    A prosa tá muito boa, mas dá pra caprichar na receitinha feita com as kinkâs?
    Obrigada,
    Dalva Maraci
    R: Dalva a receita tá vindo em breve, vou me apressar! 🙂

  5. Fer,
    texto lindo! Dá para viver, amar e ser feliz sim. E vc com certeza sabe fazer isso bem. Obrigada por compartilhar.
    Bjos, Judit
    R: beijos, Judit! :-*

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