uma quitanda em Sousas

Quitanda Entre Verde
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No meu Farmers Market nem todos os produtores são certificados orgânicos, mas os que não são declaram não usar nenhum tipo de spray ou pesticidas e passam na triagem que permite que eles vendam seus produtos para o público. Confiança é a palavra chave.

Eu entendi que no Brasil a certificação é um troço um pouco mais complexo, que ainda não é oferecida formalmente por um orgão governamental. Isso faz da confiança algo muito mais importante. Você saber de onde vem os produtos que consome. Confiar no produtor, na fazenda, no dono da horta e dos animais.

Essa quitandinha de beira de estrada com a horta e galinhas no fundo exemplificou tudo o que eu tento explicar sobre consumo e confiança. Indo da casa da minha irmã em Sousas para a casa da minha cunhada em Joaquim Egídio, paramos nessa quitandinha no meio do caminho para nos abastecer de frutas e legumes. Quando vi a horta lá atrás, despiroquei. Me explicaram que nem tudo que é vendido lá vem da horta, alguns produtos chegam de outros cantos e nem todos são orgânicos, mas é tudo de lugares de confiança. Conversei um pouquinho com a Isabel, a mocinha que atende o público na vendinha. E depois pedi licença para entrar na horta, onde bati um papinho com a Marlene, a moça que cuida dos legumes, verduras e das galinhas. Ela me falou que não usa nada quimico, que utiliza apenas esterco, uma outra substância para equilibrar [não me lembro se ela falou cal ou cálcio], casca de ovos das galinhas e deixa o mato crescer entre os canteiros, assim os insetos não atacam as verduras. Me encantei com a simplicidade de tudo aquilo. A Marlene também me contou que da horta também saem as bananas que elas vendem na quintanda. Cheguei até o galinheiro e provoquei um alvoroço nas penosas, que provalvelmente acharam que eu iria jogar lá uns milhos pra elas. Também acabei alvoroçando os cachorros e concluí que estava causando muito forfé, resolvi me retirar. Foi o tempo da minha cunhada fazer as comprinhas. Ela e a Isabel se conhecem, trocam sempre um dedo de prosa. Ela me contou que lá também você pode encomendar uma galinha pra comer. Eles esperam o tempo natural de amadurecimento do bicho e só então matam. E uma vez por ano rola o sacrificio de um porquinho—que se você quiser para o Natal precisa encomendar com antecedência, porque é tudo feito seguindo o ciclo natural das coisas. Como tudo realmente deveria ser.

5 comentários em “uma quitanda em Sousas”

  1. Moro há anos aqui e nunca vi essa hortinha. Muitas vezes é preciso um olhar diferente sobre o nosso cotidiano para que percebamos as pequenas coisas.
    Os ovos finalmente consegui “produzir” aqui em casa, assim como salsinha e espinafre.Do restante, estou tentando…a minha primeira experiência com repolho, beterraba e alface americana foi meio desastrosa.Nasceu qualquer não identificável, menos o que eu estava esperando.
    Depois vou dar uma passadinha lá na Quitanda!

  2. Tudo como deveria ser…muito bem colocado, Fer. A minha hortinha é simples como a dela, mas infelizmente não consigo nos alimentar só com ela. Tenho planos para a próxima primavera de fazer mais caixas. Lidar com a terra foi uma descoberta muito agradável para mim.

  3. Nega, causando com as penosas ahahahahah
    (Nega, conhece a nova gíria da moçada, “causar”?
    É bem isso o que fizeste com a galinhada, ahaha).
    Aqui em Cotia, no caminho pro templo budista, tem uma vendinha bem parecidinha com essa… tava com saudades da terrinha, né? Tô feliz que já chegaste, que correu tudo bem por aqui… depois você conta pra gente os segredos da abobrinha brasileira? Fiquei curiosa!!! Quando as coisas acalmarem por aí, vamos marcar uma sessãozinha de Skype prucê mi contá as novas dos bastidores? Também tô cheia de novidades chocantes pra te contar. Beijos, nega, vamos nos falando, um ótimo regresso pra ti! Nega Lu

  4. Fer adorei o post..te contei que a fazenda once passei muitas ferias era pra essas bandas de Joaquim Egidio, Sousas etc?? 🙂
    Adorei:)
    Bjs!!

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