Sou uma pessoa gastronomicamente feliz em todas as estações do ano. Até no apogeu do nosso verão tórrido e seco, fico feliz pois o bafão vai nos proporcionar os mais saborosos tomates. Não consigo desassociar as estações do ano dos ingredientes que chegam à minha cozinha. Minha maior alegria é experienciar essa sazonalidade, comer diferente em diferentes épocas do ano. Disse adeus aos pêssegos, damascos, morangos e figos sem nenhum sentimento de nostalgia, pois aproveitei tudo o que pude durante a temporada do calor. A chegada do outono já me deixou empolgadíssima com a invasão de romãs, caquis e peras nas feiras e mercados. As primeiras peras chegam tímidas e de repente inúmeras outras variedades começam a se instalar nas cestas e balcões. As maças também têm seu período mais popular no outono. Assim como o marmelo. Mas com as temperaturas caindo, aguardo com absoluta excitação e deleite a chegada dos citrus. Laranjas, limões, kumquats, os diferentes tipos de tangerinas, que guardo as cascas pra jogar no fogo da lareira. As primeiras que comprei este ano foram as clementines—pequenas, dulcíssimas, adoráveis—já devoramos um montão, como sobremesa. Gosto muito de encerrar a refeição com uma fruta. As tangerinas fazem uma excelente sobremesa fresca e são muito práticas, uma das nossas favoritas.
Desculpe, mas fiz o comentário aqui e não voltei para saber se você tinha respondido alguma coisa. Hoje, lendo a receita de bolo de mexerica, que não teve o menor sucesso, vi que ela é bem mais complicada do que a que eu faço. Aí vai ela:
3 mexericas médias ou 2 grandes, picadas com casca e sem semente e a parte central branca
2/3 xícara de óleo
3/4 xícara de açúcar
2 ou 3 ovos
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de bicarbonato
Bater as mexericas no liquidificador com o óleo; bater os ovos com o açúcar, juntar as mexericas, a farinha e os fermentos. Levar ao forno em tabuleiro ou forma untada por 40 a 50min, dependendo do forno.
A receita original era de 2 a 3 cenouras, com 1 xícara de óleo e 1 de açúcar, mas como a mexerica é muito doce e o sumo é oleoso, dá para reduzi-los.
Pode-se fazer a receita de cenoura substituindo-a por 4 a 5 bananas bem maduras, com a casca já preta, e acrescentar cravo moído e canela. Tanto a de banana quanto a de mexerica ficam melhor no 2º ou 3º dia, com o sabor da fruta mais concentrado.
Boa sorte e espero que goste.
Adoro bolos e, ultimamente, meu favorito é o de mexerica. Acho que é das poucas frutas que têm temporada por aqui, manga já temos o ano inteiro e até abacate já tenho encontrado em épocas variadas.
Mas o bolo de mexirica é igual ao de cenouras (se não tiver a receita me peça) substituindo-as por 2 ou 3 mexiricas, dependendo do tamanho. Bata no liquidificador picada, com a casca e sem as sementes e o miolinho branco. O sabor fica mais acentuado a partir do segundo dia. Espero que goste.
R: nao tenho essa receita, se quiser me enviar, te agradeço.
Menina, é muito engraçado ver vc dar tchau para frutos que eu estou dizendo oi.
Ontem fui á feira orgânica e comprei morangos, novinhos, a primeira safra de morangos e amoras da estação!!
A laranja já está dando tchau e digo oi aos pêssegos…Esse ano talvez até eu experimente os figos…Nunca curti muito, mas tu ama tanto, que vou dar uma segunda chance aos coitados
Fer, também fico feliz com a sazonalidade. Tenho tido o prazer de colher amoras, pitangas e já encontro os araçazeiros florindo, anunciando a chegada dos frutos.
Aqui temos o 1° Mercado Municipal de Orgânicos do Brasil e já fiz um post falando dele:
http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/2009/02/1-mercado-municipal-de-organicos-do-bra.html
Bjs.
Como a Constance falou, acho incrível sua habilidade para cozinhar e comprar alimentos de acordo com as estações… Fer, eu quero ser você quando eu crescer 🙂 Não consigo fazer isto hoje, aqui em casa tem filho pequeno, um não come isto, outro não come aquilo, um precisa crescer mais, o outro não… fora que a oferta de alimentos orgânicos, por incrível que pareça, é bem menor do que nas grandes cidades como SP. Enfim, um dia eu chego lá 😀
Idem idem na mesma data…. Digo adeus aos tomates e recebo as aboboras com um sorriso imenso nos labios
Nao tinha esse tipo de estrategia quando morava no Brasil, nao prestava a atencao a estacoes, creio que por serem menos definidas por la’. Mas aqui, ADORO esse ciclo lindo de produtos chegando ao seus pico de qualidade e desaparecendo em seguida.
Sou absolutamente fã das pessoas que conseguem tirar a experiência da sazonalidade das cartilhas e trazer pra dentro de suas cozinhas – e de suas vidas -, como uma prática diária, um exercício mesmo. Você é um dos grandes exemplos que me vêm à mente quando penso nisso… Um dia chego lá!
Ahhhh e elas são tão perfumosas… cheiro delas, por serem tão práticas, sendo ali descascadas e comidas debaixo do pé, aquele perfume… a brisa… lembrança sinestesica do sítio dos meus avós maternos, noroeste do Paraná, terras calorosas e quentes, cheias de goiaba vermelha, tangerinas (“mixiricas” como até hoje diz minha mãe) das mais diversas cores, tamanhos, espécies, distintas em doçuras e aromas… bons tempos…
Também adoro a sazonalidade dos produtos. Toda a estação tem um cheiro e sabor diferente, isso é muito bom 🙂