Eu ouso comparar a saga das azeitonas californianas—que está apenas começando—com a do vinho californiano, que se desenvolveu a partir da década de 60 e alcançou um patamar de qualidade e de renome mundial. Isso porque um homem, o empreendedor Robert Mondavi, decidiu que colocaria o estado no mapa da vinicultura mundial. Eu acredito que a Califórnia tem potencial para tornar-se completamente independente também no quesito azeite e boas azeitonas de mesa. Os produtores de azeitona do estado parecem estar decididos a mudar esse panorama triste, das azeitonas enlatadas. Eu tenho comprado azeite californiano e não tenho tido nenhum motivo pra reclamar. Alguns fatos sobre as azeitonas daqui, tirados da revistinha sazonal do departamento de Plant Science, da UC Davis.
As oliveiras são originais da Asia Menor e se espalharam pelo Irã, Síria e Palestina seis mil anos atrás e em seguida pelo resto da região mediterrânea. Há documentação que mostra que as oliveiras foram trazidas da Espanha para o Peru em meados do século 16. No século 18 monges franciscanos levaram as oliveiras para o México e depois rumo ao norte, com o estabelecimento do sistema de missões na Califórnia. O primeiro registro de uma oliveira plantada na Califórnia está datado em 1769, na missão San Diego de Alcala.
Pomares comerciais de oliveiras apareceram no final do século 19, primeiramente nos vales do centro e norte da Califórnia. As azeitonas das primeiras colheitas viraram azeite, mas no inicio do século 20 a indústria deu uma guinada, se concentrando na produção de azeitonas para mesa. O desenvolvimento da tecnologia de enlatamento trouxe mais lucros para a indústria do que a fabricação de azeite. Hoje 90% da produção de azeitonas na Califórnia é para enlatamento, com apenas 10% reservada para fazer azeite.
A Califórnia é o único estado do país com uma produção significante de azeitonas comerciais. Aproximadamente 80% das azeitonas consumidas nos EUA vem da Califórnia. O azeite era quase que totalmente importado, mas devido à demanda do consumidor hoje a produção de azeite californiano aumentou consideravelmente. Há previsão de que o volume da produção de azeite no estado aumente em 500 por cento nos próximos cinco anos—te cuida Espanha e Itália!
A Califórnia produz as seguintes variedades de azeitonas:
Para mesa: Manzanillo, Sevillano, Mission, Ascolano e Barouni.
Para azeite: Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Frantoio, Mission, Manzanillo e Leccino.
gostava de saber quais as azeitonas mais gradas,será que alguem me podia indicar!?estou interessado em plantar,mas não sei que variedade eide tomar como opção.
ô, meu Pai… e eu que achei que ela era simplesmente deliciosa e verde.. hehe! nem sabia que tinha tantas variedades. adoro a cor e adoro azeitona. verde oliva c’ést trés chic! aqui em casa somos grandes consumidoras de azeitonas e de azeite, em pratos ou como aperitivo. uma delícia! muitubrigadu, Fer, por mais essa informação.
§;^D
Fer, fiquei com água na boca. ADORO azeites!!
Será que por aí eles vendem algum azeite não filtrado. Você já provou alguma vez?
Como eu te contei, estou chegando aí em novembro e adoraria umas dicas tuas sobre onde e qual azeite regional comprar.
Vou ficar em San Francisco.
Fer gostei muito de ficar a par dessa história e evolução da oliveira no continente americano.
Espero que o azeite tenha o mesmo “fado” que o vinho, para além da economia os conssumidores vão beneficiar com isso.
Beijo
Amiga, r u in favor of “an island”??:)) Interessantissimo seu post (e o tempo que esta me levando type – dor…………….
saudades
b
R: Bri, se acontecer com o azeite o que aconteceu com o vinho so temos a ganhar. Nao estamos numa ilha de vinho californiano, muito pelo contrario–a oferta de vinho estrangeiro eh enorme e variada, mas o vinho local tem qualidade pra competir e ganhar a lealdade do consumidor. Foi isso que eu quis dizer! 😉 take care. beijos, Fer