É notório o desdém que Julia Child tinha pela cozinha italiana, que ela considerava desinteressante. Mesmo assim, ela e Marcella Hazan sempre mantiveram um relacionamento amigável. Hazan é considerada uma autoridade em culinária italiana e a responsável por introduzir as técnicas tradicionais dessa cozinha nos Estados Unidos e Grã Bretanha. Hazan é para a culinária italiana, o que Julia Child é para a francesa. Com o pequeno—porém notável—detalhe que Julia não era francesa, mas Marcella é uma italiana, nascida em 1924 na vila de Cesenatico, na região da Emilia-Romagna.
Por mais que eu adore a Julia Child, tenho que discordar da opinião dela com relação à comida italiana e ficar totalmente ao lado da Marcella Hazan. Em The Classic Italian Cook Book, seu primeiro livro de culinária publicado em 1973, Hazan bota os pingos nos is com relação à mal interpretada comida italiana, que não consiste apenas do batido espaguete com porpetas ou da inevitável polenta. Ela afirma que o termo “comida italiana” é totalmente equivocado, pois a Itália é um país dividido em muitas regiões, cada qual com suas caracteristicas e sua cozinha especifica. Ela diz que a única cozinha que pode ser considerada a verdadeira cozinha italiana é la cucina di casa, ou seja, a comida que se prepara rotineiramente nas casas italianas. Nós, brasileiros, sabemos muito bem como funciona essa história de culinária regional, e eu que cresci numa casa brasileira totalmente influenciada pelos meus antepassados italianos da região da Basilicata do meu lado materno, percebi bem cedo a predominância dessa culinária regional italiana na minha família. Nas festas sempre apareciam muitos pratos tradicionais, adaptados aos ingredientes brasileiros.
Os ingredientes que sempre predominaram na cozinha e na despensa na casa dos meus pais e dos meus tios e tias, são os mesmos que Marcella Hazan explica em detalhes no seu livro. Estou encantada. Vou comentar sobre o que já li até agora, na sequência.
Devo confessar que não conheço muito para além do mais conhecido, na cozinha italiana. Em tempos quis estudar em Itália porque são muito bons numa área que me interessa e eu só pensava: vai ser comer pasta todos os dias! Nham nham… Mas ao fim de uns dias de férias lá, com este tipo de dieta, é óbvio que o nham nham desapareceu. Talvez em sítios menos turísticos se consiga comer coisas mais diferentes… :o) Conheci 3 meninas italianas que estudava em Portugal mas, quer-me parecer que não eram grande espingarda na cozinha! Ahahah
Beijos
Da cozinha brasileira tambem so’ ouco falar do churrasco e da feijoada, do Brasil carnaval e futebol. Temos muito alem disso e uma cozinha variada e maravilhosa. Beijos, Maria
Ciao! =)
Assunto interessante.. eu adoro a cozinha italiana! O meu caso foi muito parecido com o teu, eu tb cresci em uma familia com muitas tradiçoes italianas. A cultura italiana sempre esteve presente na minha vida, acho que por isso eu me adaptei muito bem aqui na Italia.
A cozinha italiana, como voce disse, e’ muito varia, muitos italianos do sul da italia nunca comeram polenta, e eu em SP a comia quase toda semana.
Nao consigo entender como uma pessoa possa achar a cozinha italiana desinteressante… com certeza tem os seus motivos!!
Sim, sim. Ai a cozinha Tuscan..{suspiro}..Eu acredito que essa diferenca regional valha pra varios paises, inclusive o USA..
bjs
bri
E’ verdade, a cozinha italiana vai muito alem das maravilhosas pasta e polenta. Sempre descubro alguma coisa nova. Minha ultima descoberta foi a cozinha Ligure, que nao e’ so’ o tradiconal “pesto”. Porem uma das minhas favoritas e’ a piemontese. Porem, sou totalmente suspeita e parcial quando se trata de cozinha italiana… Beijos
Maria