Eu assisto à cerimônia do Oscar há muitos anos. Lembro de estar deitada num sofá antigão que tinha na primeira casa que meus pais moraram em Campinas e assistindo ao Oscar, sozinha no escuro. Lembro dos prêmios que Um Estranho no Ninho recebeu. E do Keith Carradine cantando I’m Easy sozinho com um violão no palco. A música concorria por Nashville e ganhou o Oscar de melhor canção do ano. Eu era uma adolescente tímida e magricela e o Oscar era uma coisa super especial pra mim. Era gostoso aquele ritual de ficar acordada até de madrugada. Achava super estranho eu estar de pijama às 11:30pm e os artistas estarem entrando na festa sob a luz do sol. Na minha infantilidade eu imaginava que eles ficavam um tempão pra entrar e outro tempão esperando lá dentro. Agora que estou no mesmo fuso horário da festa, ela começa às 5:30pm pra mim.
Hoje o que eu mais curto durante o Oscar é ficar batendo papo pelo computador com o Moa. Eu aqui empacotada bebendo chá, ele lá de shorts, suando e devorando um pote de sorvete de açaí. Eu aqui pensando no jantar, ele lá pensando na cama, porque no Rio de Janeiro já é madrugada. Nos fofocamos sobre tudo, fazemos comentários durante os discursos chatos e nas propagandas, damos risadas reais e virtuais, nos emocionamos, concordamos e discordamos, torcemos pelos nossos favoritos, tudo ao mesmo tempo, ao vivo na tevê e no nosso chat particular.
Eu não faço comida especial pra noite do Oscar. Meu dia acaba cedo, pois eu sento pra ver o red carpet e só saio da frente da tevê quand o host da festa diz boa noite. Quanto muito rola um snack improvisado. Na maratona deste domingo eu sobrevivi com uma porção do pudim de pão da infância da Judith Jones, que refiz, desta vez usando cerejas secas no lugar das passas douradas. Também bebi chá de genbibre com limão e lá pelas 8pm o Uriel me trouxe uma banana. Eu não quero saber de comer durante o Oscar. Só quero prestar atenção nas roupetas, nas piadas, nos comentários, nas caras e bocas, criticar e elogiar, dar risada e chorar, e teclar com o Moa. Comer é uma atividade que nunca fez parte do show pra mim e que sempre ficou pra depois.
querida, vi seu pudim de pão (que eu amo!) e lembrei de um pudim que fizemos aqui semana passada: pudim de capuccino (!). é o pudim de leite normal, adicionando 1 xíc de cacau em pó e 1 colher de chá de café solúvel (ou 1/2 xícara de espresso). ficou BOM 😀
O Oscar não assisti, não tenho paciência, mas o pudim de pão também fiz.
Coincidência, está no meu blog hoje.
Bjs!
Fer, eu também assisto ao Oscar há muitos e muitos anos… No domingo cheguei em casa esbaforida, correndo, porque tinha ido assistir ao Cirque du Soleil com o marido e o enteado! Peguei quase no comecinho, mas fiquei triste de não ter visto os artistas entrando. E o mais divertido é ficar comentando tudo com meu amigo Alê, por telefone e torpedos. Só que, neste ano, acabei só: ele dormiu na metade da cerimônia, o marido babou no sofá do meu lado, e eu fiquei fazendo comentários pra mim mesma dentro da minha cabeça.
1 beijo e bom dia pra você
Fer!! Eu tb ADOREI ver o Oscar teclando contigo. Foi melhor do que “falar” pq meu ouvido tava doendo um pouco e o fone tava me incomodando. Mas eu me diverti muito e, como sempre, o que eu mais gosto são dos clips, das montagens que eles fazem.
Li que esse ano o Oscar teve a menor audiência de todos os tempos, nos EUA, pq os filmes concorrentes não despertaram muito a “paixão” dos americanos.
Adorei a Tilda surpresa, a Marion francesa também surpresa e a Helen Mirren “knighting” o Daniel Day-Lewis (como se diz isso em português?).
E, claro, fofocar contigo, apesar da inveja do seu friozinho e do meu calorão insuportável. Hehehehe.
Beijocas!
P.S.: Kikinha passa bem. Dorme horrores, mas tá na boa.
Fer, não costumo assistir ao Oscar e não é sobre isso que vou comentar, mas sobre o pudim de pão: fui lá no link e já cipiei a receita, para fazer em breve. Sempre tive preconceito com pudim de pão até que aprendi a comer no refeitório do Sofitel, onde trabalhei por um bom tempo e acabei ficando curiosa com a sobremesa quase diária (você pode imaginar quanto pão sobra por dia num hotel de quase 400 apartamento…). Provei e não quis mais outra coisa. Depois do pudim de lá provei outros, sempre amando e essa receita parece mesmo ser dos deuses. Anda sobrando bastante pão lá em casa, pois a febre da recém ganha máquina de fazer pão ainda não passou. Tá aí a solução! beijosssss
Sempre acompanhei a entrega dos oscares quando era adolescente, agora simplesmente não me consigo manter acordada, no dia seguinte, evito as noticias (como se isso fosse possivel) e espero pelo resumo em diferido, he, he, he…
Beijocas
Fer,
também assisto ao Oscar há tempos. Na época da faculdade, lembro de ter feito uma reunião especial para assistir a cerimônia com os amigos. Compramos vinhos e frios, estávamos todos vestidos a rigor (homens de paletó e mulheres de longo) e foi o máximo acompanhar as premiações nesse clima.
Agora uma perguntinha: por que o Oscar acontece no domingo? Se fosse no sábado, teria muito mais audiência ao redor do mundo, né? Porque ninguém merece assistir à cerimônia até as 2 da madrugada e levantar às 6h30 para trabalhar.
Abração
Nooossssaaaa! Eu tbem assisto o Oscar desde aquela época e lembro das mesmas coisas que vc. Tenho 47 anos ..então…já sabe, faz um tempão!
Mas não como nada de especial, mas fico de pijama, deitada no sofá até o finalzinho!
Nunca perdi nenhum!!!!!
oi, fer
para mim o Oscar vem acompanhado com um mingau de aveia daqueles com cara de mãe e com o sabor de conforto.
assito madrugada adentro e sigo me deliciando.
beijos
Ola Fer, simplismente amei seu blog, textos muito bons, receitas melhores ainda e lindas fotos. Sou aqui de são paulo e sou estagiária num curso de gastronomia, numa escola chamada wilma kovesi. Amo cozinhar e me tornarei leitora assídua de seu blog, com certeza. espero podermos trocar expeirências, será mito bom para mim. grande beijo