Na minha infância eu comi muita dessa omelete de batata, que agora descobri as origens e o nome verdadeiro – tortillas da Espanha. A primeira vez que ouvi a palavra tortilla se referindo à omelete velha conhecida minha, não entendi direito, pois estava acostumada com as tortillas mexicanas, muito comuns aqui e que são somente umas panquecas de farinha de trigo ou de milho. Uma espanhola de Barcelona que me explicou que as tortillas deles eram bem diferentes. Mas na realidade iguais pra mim, pois eh exatamente a receita que a cozinheira fazia na casa dos meus pais. Eu faço muito durante o verão, quando recebo batatas fresquinhas e deliciosas na minha cesta orgânica. Se você nunca comeu uma batata colhida na manhã do dia em que você vai usá-la, não sabe o quanto de sabor uma simples batata pode ter.
A receita, como eu faço:
Lave bem batatinhas bem pequenas. Corte em quatro. Eu nem descasco, porque as minhas são orgânicas – alías, aprendi com os noruegueses e americanos a não descascar batatas, mas isso dá outro post, pra outro dia.
Numa frigideira de ferro, frite as batatinhas em azeite [ou óleo] até elas ficarem um pouco douradas. Desligue o fogo e acrescente cebola em fatias finas e pimentão verde em fatias finas. Por cima despeje uma base de omelete – ovos, um pouco de leite, sal e pimenta do reino. Coloque a frigideira no forno e asse até ficar firme e dourada. Sirva com uma salada de tomates e cerveja gelada.
Quando morava na Espanha, nao dava valor as tortillas; tinha tortilla em todos os lugares, de boteco pe-de-chao a cafeteria de museu. Nao aprendi a fazer, somente escutei umas dicas das espanholas.
Me mudei da Espanha e quase chorava de alegria (de vez em quando chorava mesmo) quando encontrava um restaurante espanhol, mesmo que a tortilla nao fosse boa.
De tanto comer tortilla mal feita fora da Espanha, acabei por aprender a fazer – levei um bom tempo para fazer uma no nivel das espanholas, ensinei um amigo que em pouco tempo fazia tortillas muito melhor que as minhas.
Hoje em dia, faco para os amigos e quando tem festa eu compareco com as tortillas.
Oi Fernando outro dia encontrei seu blog e todo dia eu entro p/ ler os links, estou amando vc é demais, e obrigada por dividir tudo o que vc sabe com a gente, tem coisas que eu leio tenho vontade sair correndo comprar ou fazer, ja fiz o bolo de laranja e amei…Moro em NY e estou aprendendo muitos produtos que vc indica em Ingles,e como vc escreve eu fico hs lendo tudo, tudo é muito lindo suas louças, e fico imaginando sua casa como deve ser, e as receitas parece que vc simplifica tudo eu tenho tantas dúvidas e ate mesmo demorei p/ enviar-lhe este, eu gostaria saber de alguns produtos que vc diz nos links, será que posso perguntar-lhe? Fer obrigada por este blog to amando!!!!! Vc é alguem muito especial…bjs com carinho.
Bem que eu queria tentar, mas parece brincadeira, nao sei fazer omelete 🙁 – pelo que a Vanuza me falou, tem um negocio de “clara de ovo”? ou “clara em ovo”?
Beijo
Humm! Que ótima idéia! Minha mãe fazia sempre uma versão bem parecida, sem pimentões e sem forno. Obrigada por me lembrar! Beijos!
Hum… que delícia, bom para aqueles dias que você não tem nada para fazer e aparece visita! Eu já fiz assim, sem o pimentão (gostei da idéia) e acrescentei umas 2 colheres de farinha de trigo e fermento. Ficou ótimo. Bjs! Redescobrindo posts passados seus, muito legal.
A minha versão, que tirei de um livro didático quando estudava Español, não é de forno e não tem pimentões, mas eu adoro. Sirvo com salada verde e vinho branco gelado. Adoro. Acho que vou tentar essa sua também, nham-nham!
Cara, fiz isso hoje… só que no meio do meuoloquei um pouco de gengibre e ervas… ficou bonzão!
Só to deixando esse comentário pra dizer que adorei seu blog. O meu já abandonei faz um tempinho, mas continuo navegando e descobrindo blogs interessantes perdidos por aí, e o seu, certamente, é um deles.
Beijos