what would Michael Pollan eat?

Michael Pollan acabou de lançar um livro novo—In Defense of Food: An Eater’s Manifesto, que eu já comprei e estou esperando chegar. O livro parece ser a última palavra de Pollan no assunto alimentação. Ele quer rolar a bola pra frente, pesquisar e escrever sobre outros assuntos. O negócio é que o impacto do O Dilema do Onívoro o transformou numa espécie de guru do comer bem e certo, o revolucionário da alimentação e da conscientização coletiva sobre os horrores da criação de animais aqui nos EUA. E vai ser difícil ele se esquivar desse papel agora. Uma entrevista com ele hoje no San Francisco Chronicle dá algumas dicas—What would Michael Pollan eat?
O que Pollan tem a dizer: eat food. not too much. mostly plants. A base dessa revolução é simplesmente o retorno à maneira tradicional de se alimentar. Do tempo em que comer estava intimamente relacionado com o prazer dos sabores e a manutenção da saúde do nosso corpo. Ele aconselha que não se caia na armadilha de tratar a comida como suplemento de dieta. Comer blueberries pelos antioxidantes e não pelo seu delicioso sabor. Ele também pede que todos ignorem as dietas low-fat e low-carb. Comer uma boa variedade de frutas, verduras, legumes, grãos. Escolher a proteína com cuidado, tentando comprar carne do boi que pastou, da galinha que ciscou livremente, do porco que chafurdou, do peixe pescado com linha, prestando atenção na sustentabilidade de todo esse processo.

8 comentários em “what would Michael Pollan eat?”

  1. Bravo, Fer! Gostei do que o Pollan disse. 😉
    Especialmente no que se refere às carnes. A única coisa, no entanto, que acho importante se considerar também é que comprar a carne do boi que pastou, da galinha que ciscou livremente, e por aí vai, é apenas um passo. Rever a quantidade e freqüência do consumo também é de extrema importância. Vi um documentário que dizia que toda a produçao mundial de carne bovina, por exemplo, serve para alimentar apenas 20% de toda a populaçao do planeta. Ou seja, nao apenas torturamos os animais e sobrecarregamos o meio-ambiente para sustentar essa indústria, como consumimos demasiadamente. É assustador.
    Um beijo,
    Bruna.

  2. Acho que escarólica tem razão. É muito diferente. Percebe-se melhor com paráfrases:
    eat food = não coma guloseimas, comidas industrializadas, essas coisas
    not too much = não exagere na quantidade
    mostly plants = coma principalmente plantas (ie, mais de 50% do total)
    coma a sua comida = não coma a dos outros OU não fique enrolando
    não coma demais = não exagere na quantidade
    coma bastante plantas = coma uma boa quantidade de plantas (ie, muita planta maas não mais de 50% do total)

  3. “Eat food. Not too much. Mostly plants.”
    Adorei a máxima. Mas acho importante dar uma corrigida aí na tradução, porque ‘coma a sua comida’ é bem diferente de ‘coma comida’, que foi o que ele disse de fato. Parece bobo e óbvio, mas é isso aí. As pessoas cada vez mais comem ‘produtos alimentares’ em vez de ‘comida’. Muitas parecem nem saber que a natureza fornece alimentos, ou que eles são mil vezes mais gostosos que qualquer guloseima frankenstein de sabor artificial.
    O Dilema do Onívoro é um livro sensacional. Quero muito ler o novo.

  4. Moda, essa é a palavra correta. Moda.
    Todos nós seguimos a moda da gastronomia, dos nutricionais, dos vegans e afins, ele simplesmente está dizendo pra comermos como sempre se comeu, simples fresco correto e saudável. Parabéns.

  5. Oi Fezeca,
    Tenho refletido bastante c a leitura do Onívoro. Concordo c o raciocínio dele sobre a qld na produção de alimentos, nas relações de trabalho desta produção e nos efeitos no meio ambiente, c o Slow Food já tinha pensado nisso e tb no q vc postou agora. Mas tb tenho pensado se isso é viável p um mundo c esse crescimento em PG na densisdade demográfica. Claro q imagino q seja possível fazer melhor do q o q está aí..essas CAFOS são horrorosas, mas produzir comida p mais de 1 bi como na China deve ser mto complicado, heim?
    bj Sill

  6. Fer,
    Michel Pollan é o rei. Eu li um ensaio dele no NYT ano passado e me apaixonei imediatamente. A idéia dele na verdade é muito simples: chega desta preocupação com nutrientes. A vida antes dos rótulos cheios de miligramagens era bem melhor.
    Estou louco para comprar este livro. Mas, como fiz uma compra monstruosa na Amazon no mês passado, vai ter que esperar um pouco.

Deixe a sua pitada: