La Superior

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Fazia tempo que eu já tinha avistado o supermercado mexicano num dos shopping plazas de Woodland e atiçado minha curiosidade para dar um pulinho lá e ver como era. Mas um certo receio me preveniu de ir em frente, talvez um pouco intimidada de chegar lá e me sentir meio perdida no ambiente, sem saber nada sobre os ingredientes nem o que comprar. Foi quando abri o último número da revista Sunset e li uma reportagem com a chef Silvana Salcido Esparza do Arizona, não somente explicando muitos dos ingredientes, como também mostrando como esses mercados são super bacanas. No final de semana seguinte fomos finalmente fazer nossa primeira visita à La Superior, o que nos proporcionou muitas surpresas agradáveis. O lugar é enorme e super organizado. A maioria dos clientes são hispanicos e todos os funcionários falam espanhol. Os produtos, na maioria mexicanos ou centro americanos, são de ótima qualidade. Vi alguns legumes diferentes, como um chuchu espinhudo e vagens finas, além dos meus já conhecidos, como a mandioca e o cactus. Compramos goiabas, mamão, bananas maçã e da terra e alguns queijos. A parte das frutas tropicais foi a mas interessante pra mim, apesar delas não serem quase locais e algumas virem bem de longe. Banana maçã pra mim é uma verdadeira preciosidade! A padaria com pães coloridos e bolos de assadeira vendidos em pedaços quadrados não me empolgou. O balcão vendendo comida pronta, que cheirava deliciosamente bem, parecia muito popular onde muita gente comprava pra levar ou comer lá mesmo. Ali tinha um compartimento cheio com uns torresmões que eu nunca tinha visto assim tão gigantes. E do outro lado prateleiras com toda qualidade de banha de porco, junto do balcão dos queijos e do açougue e peixaria que eu achei absolutamente impecáveis. Quero voltar para fazer pergunta sobre os peixes que achei com cara de ultra-super frescos. Pena que me deu um ataque de “verguenza” de ficar fotografando quando vi muitas familias chegando e cumprimentando o açogueiro e o peixeiro com simpaticos “buenos dias!”. A seção das pimentas secas também é sensacional. Voltarei lá para mais comprinhas. Fiquei até com um pouco de inveja dos que podem ter essa facilidade de ter um supermercado inteirinho replicando exatamente [ou quase?] algo semelhante em outro país.

picolé de tamarindo & chile

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Garfei esta receita na revista Saveur e pirei na idéia de colocar pimenta no suco de fruta. Para a minha surpresa, não ficou nem um pouco picante, pois o ancho chile tem uma ardidura média. O sabor do tamarindo se sobressai. Usei um bloco de tamarindo concentrado, que diluí em água e depois passei pela peneira. Esses blocos são encontrados facilmente em lojas de produtos asiáticos ou internacional. Mas se conseguir achar a polpa, o suco, ou mesmo a fruta fresca, não perca a oportunidade de usar.

1 xícara de suco concentrado de tamarindo
3 xícaras de água
1/3 xícara de acúcar
1/4 colher de chá de ancho chile powder
[substitua por outra pimenta em pó não muito ardida]

Misture o concentrado de fruta com as 3 xícaras de água e o açúcar e misture bem até o açúcar dissolver bem. Pode levar ao fogo para fazer esse processo, mas eu não fiz. Misturar a pimenta em pó ao liquido, mexer bem para incorporar. Distribuir pelas forminhas, colocar os palitos e levar ao congelador até firmar. Se for usar copinhos de vidro ou papel, cubra cada um com um pedaço de filme plástico bem esticado, daí coloque os palitos, furando o plástico. Assim eles congelam retinhos.

jalapeño poppers

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Nós somos uns frangotes quando se trata de pimenta. Provamos uma micro dose e já saímos despirocados correndo em círculos com cara de desespero—água, água, leite, leite, iogurteeeeee! Todo verão recebo pimentas na cesta orgânica, que mofam, apodrecem, secam, fossilizam e eu não arrumo coragem pra usá-las. Tenho medo delas, assumo! Mas ao mesmo tempo que tenho medo, as pimentas me seduzem. Caso psicótico clássico, né? Vai dai que comecei a ter umas visões perturbadoras. De repente todos os websites norte-americanos de culinária começaram a publicar receitinhas com as maRditas e eu fui ficando com os beiços moles de tanta vontade de provar uma dessas tais de jalapeño poppers.

Cuidadosamente comprei 14 jalapeños e investiguei profundamente todas as receitas disponíveis. Todas eram feitas no forno, mas eu queria fazer na churrasqueira. Quando achei um vídeo de um cara fazendo o que eu queria fazer, com sucesso, fui em frente. Decidi fazer do meu jeito também com o recheio. A maioria das receitas usavam cream cheese, mas eu não tinha. Substituí por mascarpone. Também quis fazer com bacon. Pra quem está acostumado com pimenta, essas poppers serão devoradas como amendoins. Pra nós, foi assim como se pinchar numa grande aventura. A boca ardeu, o olho chorou, o coração disparou, mas foi muito legal!

As poppers feitas na churrasqueira precisam de vigilância. Tem que ficar ali, checando. Molhe os palitos na água antes, pra eles não incendiarem. Se for fazer no forno, não se preocupe.

14 pimentas jalapeños abertas e sem sementes
1/4 xícara de mascarpone
1/4 xícara de queijo de cabra
Um punhadinho de salsinha fresca
7 tiras de bacon [*eu uso os do Niman Ranch]

Com luvas ou com as mãos untadas com óleo vegetal, corte as pimentas e remova as sementes. Misture os dois queijos e a salsinha. Pode fazer no mini processador. Recheie cada jalapeño com a mistura de queijo, enrole metade de uma tira de bacon em cada e prenda com um palito. Coloque numa forma forrada com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido em 400ºF/ 205ºC. Asse até o bacon ficar crocante. Eu fiz na churrasqueira, mas se fizer sem o bacon dá pra cozinhar rapidamente usando o broiler do fogão.

habaneros [mad hot!]

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Eu li o aviso que alertava em letras vermelhas—habaneros—mad hot! E a mocinha da banca vendo a minha cara de purfa me avisou precavida—they’re really, really, really HOT! Ela me disse que era pra tomar muito cuidado, pois essas pimentas eram de estraçalhar. Cuidado com os olhos, se você tocar num corte ou machucado com as mãos sujas do habanero, vai inchar, vai doer. Use luvas e coloque só um pouquinho. Mesmo sendo uma covardona para pimentas e ouvindo todos os avisos amigos, resolvi comprar quatro pequenas habaneros, sem ao menos saber o que vou fazer com elas.
O Garrett também comprou as mad hot habaneros e foi bem ousado, como ele relata nessa história hilária.