Hoes Down Fall Festival

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Me diverti à beça no passeio que fizemos com nossos amigos da Unicamp na Full Belly Farm no dia do Hoes Down Harvest Festival, o festival do outono e da colheita. A Full Belly é uma fazenda orgânica localizada no Capay Valley e organiza essa festa, bastante famosa, há quase trinta anos. Além de poder conhecer a fazenda, ver o que eles produzem e como eles produzem, pode-se aprender muito com vários workshops e entender um pouco como funciona essa tal de agricultura sustentável. Mas a melhor parte dessa festa é mesmo a diversão—música, dança, comida e bebida. Nos vários palcos montados pela fazenda, tocava música ao vivo ininterruptamente e toda a comida servida era feita com ingredientes orgânicos. Desde o cachorro quente e os hambúrgueres, feitos com carne grass-fed de animais criados de maneira humanitária, até os tomates e as salsinhas das saladas, vindos das fazendas da região. Tudo uma delícia, até a cerveja orgânica da cervejaria Thirsty Bear de San Francisco e os vinhos orgânicos de vinícolas locais.

Toda energia usada na festa era solar, o lixo era todo reciclado e o orgânico compostado, um mercado vendia frutas, legumes e verduras, tinha muita atividade para entreter a criançada, muita coisa legal pra ver e fazer. Nas fotos, um pouquinho de cada coisa: as crianças ajudando a moer a maçã para fazer apple cider, a apresentação dos alunos da escola Waldorf de Davis, o galpão cujo teto estava forrado de flores secas, os produtos feitos com a lavanda orgânica desta fazenda que visitamos na primavera, centenas de abóboras para quem quisesse fazer sua própria jack-o-lantern, artesanatos com flores, lã, panos e tintas para colocar as mãos na massa, e muita coisa boa para comer e beber, incluindo os mais deliciosos e mais criativos picolés do mundo vendidos pelas meninas do Fat Face de Davis.

O festival durou dois dias e teve música e dança até tardão da noite. Quem quisesse podia acampar na fazenda. Nós fomos somente no sábado e não ficamos até o final, porque já tínhamos outro compromisso. Foi a primeira vez que participei, mas com certeza não será a última. No próximo ano estarei lá novamente—nem dúvide, pois já marquei na agenda!

mais um dia, mais um ano

Fiquei um ano mais sábia na sexta-feira. E vou dizer que nem doeu. Aliás, quero deixar registrado que doi cada vez menos, porque é assim que tem que ser. Idade é maturidade. cravo vaso azulSe não for assim é porque alguma coisa está muito errada. Me importo sim, às vezes, de não ter mais a pele tão fresca, de ter minhas marcas, dos cabelitos brancos ali na testa insistindo em ficar aparecidos, de não ser mais tão esbelta, tão energética e dos probleminhas que fatalmente aparecem. Mas não poderia estar mais feliz, com minhas chatices, minhas manias, meu apetite e meu sono, minha paciência, meu humor, minha persistência, minha resistência e, principalmente, com a minha capacidade de contar até dez, vinte, cinquenta, cento e setenta, mil.

Nunca vou esquecer de uma cena patética que protagonizei quando tinha vinte e cinco anos e choramingava minhas pitangas de imaturidade numa mesa de restaurante, rodeada por mulheres bem mais velhas do que eu. Meu rosário de reclamações centrava-se no temor absoluto pela minha iminente chegada nos TRINTA anos, o que iria com certeza me condenar à viver para sempre num calabouço de horror e tristeza. As mulheres me ouviram pacientemente, com certeza se entreolharam e reviraram os olhos, e finalmente uma delas virou-se pra mim e disse:

—você ainda não tem maturidade para entender a naturalidade de se fazer trinta anos e só vai ter essa maturidade quando fizer trinta anos.

Demorei um tempo para entender o que ela quis dizer e quando entendi fiquei com uma cara de tacho eterna, porque pá, é isso mesmo! Só vamos entender quando chegamos lá. Cheguei nos trinta e nada mudou, o mesmo valeu para os quarenta. E parece que cada vez fica mais fácil e mais tranquilo—the zen art of getting old.

gelatina de uva branca
[com uva negra assada]

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Minha preguiça de cozinhar só não tem sido maior do que a minha preguiça de escrever. Tenho certeza absoluta de que estou precisando de férias, daquelas pra não se fazer absolutamente nada, apenas comer, se divertir e dormir. A situação está tão crítica que outro dia abri uma correspondência do TripleA e deixei o booklet que eles me mandaram dobrado na página dos cruzeiros pelo Alaska. Minha vontade era pegar um navio e ficar pelo menos uma semana longe de tudo. Mas tem que ser navio, avião não vale!

Como um cruzeiro pelo Alaska está fora de cogitação neste exato momento, separo este tempinho para contar que umas semanas [meses?] atrás me deparei com umas uvas negras muito interessantes no Farmers Market. Chamadas de black maroo grapes elas são bem doces, bem escuras e tem um sumo que mancha os dedos. No dia que comprei as uvas, preparei uma receita inventada de halibut frito na manteiga queimada com molho de uva negra. Foi só queimar a manteiga, fritar o peixe, bater as uvas no liquidificador, coar, juntar à manteiga na frigideira e deixar reduzir. No final acrescentar um punhadinho das próprias uvas cortadas ao meio. Ficou realmente uma delicia e não teve sobras.

Mas o que sobrou das uvas frescas, infelizmente, encalhou. Daí que resolvi assar as frutas, pra dar um toque diferente e assim não deixar elas serem desperdiçadas. Você pode assar no forno, mas eu fiz na churrasqueira, as uvas embrulhadas numa folha de papel alumínio bem grosso e salpicadas com um pouquinho de brandy. Essas uvas assadas renderam. Acompanharam uma panna cotta básica de baunilha e depois essa gelatina de uva.

As uvas brancas vieram na cesta orgânica e estavam arriscadas a virar uva passa quando me deu um cinco minutos. Vou confessar que não sou, nunca fui lá muito fã das uvas. Para fazer a gelatina, bati as uvas brancas no liquidificador com quase nada de água, coei e medi duas xícaras. Como faltou um pouquinho de suco pra completar duas xícaras, completei com um pouco de leite [por isso essa aparência cremosa]. Uma xícara foi pra panela com um pouco de mel para adoçar e 1 colher de sopa de agar-agar. Deixei ferver, desliguei o fogo, juntei a outra xícara de suco de uva e coloquei em forminhas de gelo molhadas. O agar-agar solidifica rapidíssimo, entao em meia hora você poderá ter uma sobremesa. Servi com as uvas negras assadas. Ao invés de virarem passas, as uvas, brancas e negras estrelaram num prato salgado e em duas sobremesas. High five!

cebolinhas ao vinho

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Essa foi a primeira receita que tirei do lindissimo livro Moro East e aproveitando que tinha uma cestinha cheia de echalotas fresquinhas. Foi uma via crucis lacrimosa descascar todas elas, mas valeu a pena. Pode-se usar mini cebolinhas também, ao gosto do freguês. O vinho pode ser o Malaga, o Moscatel ou o Oloroso Sherry [vinhos doces]. Eu usei o Sherry. Servi as cebolinhas acompanhando um frango grelhado com abóbora e o mundialmente famoso carpaccio de abobrinha numa versão temperada com balsâmico de figo.
40 gr de manteiga sem sal
2 colheres de sopa de azeite
300 gr de mini cebolinhas [baby] ou echalotas inteiras [*usei echalotas]
75 ml de vinho Malaga, Moscatel ou Oloroso Sherry [*usei Sherry]
Folhas de salsinha fresca para decorar
Numa frigideira funda coloque a manteiga e o azeite e quando a manteiga começar a espumar acrescente as cebolinhas. Tempere com sal e pimenta do reino moída a gosto e refogue por uns 15-20 minutos, até que as cebolinhas fiquem ligeiramente douradas nos lados. Adicione o vinho e cozinhe por mais ou menos um minuto, até o alcool evaporar. Coloque numa travessa, decore com folhas de salsinha e sirva.

[na chegada do outono]

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“Estreamos a quarta-feira de estação nova. Grama plantada fresca no playground e chão forrado de folhas amarelas. Alguém me disse olhando pras arvores e abraçando meus ombros:
—Que coisa mais bonita essa natureza…
A rotina não muda, mas a paisagem encanta os olhos. Outono é realmente minha estação favorita! Ontem cortei umas abóboras em guirlanda, que as crianças adoram colorir. E fiz tinta laranja pra pintura. E massinha de modelar cor de abobora com purpurina brilhosa. Girei um fantasminha feito improvisadamente com um filtro de café preso numa cordinha… BOOOOO….BOOOOO….. As crianças correram pela sala às gargalhadas!
Um ventinho sopra e vem uma chuva de folhinhas douradas. Uma criança sai gritando:
—o inverno está chegando! o inverno está chegando!
Vamos com calma!, vamos com calma, que por enquanto ainda estou curtindo o comecinho do outono.”

cocada de forno

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Duas amigas comentando algo sobre cocada de forno na minha timeline no twitter me colocaram num estado de total e absoluto desespero—preciso fazer e comer esse negócio IMEDIATAMENTE! Me joguei no Google procurando por uma receita. Queria uma sem leite condensado. Minha busca se mostrou imensamente frutífera e provou mais uma vez que receita não tem dono. A maioria das que levavam leite condensado eram idênticas, assim como as que levavam apenas leite. Com a exceção de uma freako que levava farinha de trigo, o resto era basicamente a mesma lista de ingredientes. Peguei essa num website em inglês, porque prefiro quando a receita especifica temperatura de forno e usa medidas padrões. Cheguei em casa e preparei rapidinho essa cocada simplesmente deliciosa. Use coco ralado fresco se puder. Como essa fruta não abunda por aqui, usei os flocos de coco da marca Bob’s Red Mill, que é de excelente qualidade.

500 gr de coco ralado
4 gemas de ovos batidas
2 xícaras de açúcar
1 xícara de leite integral
2 colheres de sopa de manteiga amolecida

Pré-aqueça o forno em 350ºF/ 176ºC. Unte uma assadeira com manteiga. Numa vasilha misture o coco, o açúcar, o leite, as gemas batidas e a manteiga amolecida usando uma colher de pau. Leve ao forno e asse por uns 15-20 minutos ou até a massa ficar bem dourada. Retire do forno, deixe esfriar e sirva.

o avental do John Wayne

John Wayne de avental John Wayne de avental
John Wayne de avental John Wayne de avental
John Wayne de avental John Wayne de avental
John Wayne de avental John Wayne de avental
John Wayne de avental John Wayne de avental

O filme é fraquinho, fraquinho e tem até umas passagens um tanto cansativas. Também é cheio de clichês e de situações excessivas às quais não se pode dar crédito. Mas A Lady Takes a Chance [de 1943] é protagonizado por uma das minhas atrizes favoritas de todos os tempos—a talentosa e divertida Jean Arthur. Então aguentei assistir do começo ao fim, com John Wayne e tudo. Ele é um cowboy que se recusa a casar e ter uma vida confinada. Ela é uma garota da cidade grande, assediada por três pretendentes e que resolve tirar umas férias e viajar de ônibus pelo país. Tralalá-tralalá trelelé-trelelé, num belo dia o Jonh Wayne cai em cima dela num rodeio, ela se apaixona pelo brutamontes, perde o ônibus e hospedada num motelzinho prepara um jantar para ele, com flores na mesa, sobremesa, eteceterá. Ele detesta tudo que ela serviu, mas no final acaba na cozinha e numa situação constrangedora. Enquanto ela fala com ele, com aquela voz de marreca que era um dos maiores charmes dessa atriz, vai colocando um aventalzinho nele, para ele poder ajudá-la com a lavação da louça. Ele vai deixando ou nem percebe, até se ver na frente de um espelho. Não recomendaria esse filme pela qualidade da história, nem pelas atuações. A não ser que você seja fã da Jean Arthur, como eu sou. Ou do John Wayne, como eu nunca fui.

granita de melão

Acho que somos californianos extremamente mimados e estragados pela variedade e qualidade dos nossos produtos sazonais. Por isso viramos o nariz quando abrimos um melão que não estava absolutamente PERFEITO. Pra muitos, esse melão estaria ótimo, granita-melaomas ele não passou pelo nosso controle de qualidade. Não estava ruim, não estava sem gosto, não estava verde, nem podre, estava apenas mediano.

O que fazer com um melão mediano que foi desprezado pelos comensais esnobes?
Lembrei de uma granita de melancia que pedi de sobremesa na modernosa pizzaria Masullo, nossa favorita em Sacramento. Granita é um negócio fácil à beça de fazer. Eu diria que ela é uma versão mais sofisticada e mais saudável da nossa velha conhecida raspadinha. E pode ser feita com qualquer tipo de liquido—suco de fruta, leite, café, chocolate, eteceterá.

Então fiz uma granita com o melão encalhado. Não anotei medidas. O melão era grande, descasquei, removi as sementes e piquei em quadradinhos. Bati tudo no liquidificador com o suco espremido de um limão e um pouquinho de nectar de agave. Não precisa usar sorveteira. É só colocar tudo numa vasilha de vidro e levar ao congelador. Quando estiver congelado, raspe a superfície com um garfo ou uma colher e vá colocando em copos ou taças. Sirva imediatamente.

pesto de tomate & amêndoa

pesto-de-tomateAdoro quando resolvo o que vou fazer para o jantar já no meio da tarde e fico com aquela sensação de certeza e de firmeza de que vou chegar em casa e, pá pum, em menos de meia hora o jantar já vai estar na mesa. Quando isso acontece, quase sempre fruto de um mero acaso, eu ganho o dia. Porque chegar em casa depois de um dia de trabalho e ficar naquele abre e fecha neurótico de porta de geladeira e de despensa, é para abalar até os que têm nervos de aço.

Foi a maior felicidade encontrar essa receita de pesto Trapanese ou pesto de amêndoa e tomate. Eu tinha todos os ingredientes, e todos fresquinhos. Fiz o pesto num minuto. E só mudei um pequeno detalhe—a Deb usa linguine e eu usei espaguete integral.

3/4 xícara de amêndoas em fatias
1 punhadão de folhas de manjericão fresco
1 ou 2 dentes de alho grande
Sal marinho
6 tomates bem maduros [orgânicos] cortados em quatro
1/2 xícara de queijo Pecorino ou Parmesão ralado [*usei Pecorino]
1/3 xícara de azeite
500 gr de linguine [*usei espaguete integral]

Numa frigideira, refogue as amêndoas num pingo de azeite até elas ficarem tostadas. Deixe esfriar. Moa no processador, remova e reserve.

Coloque o manjericão, o alho e o sal [umas pitadas, a gosto] no processador e moa bem. Adicione as amêndoas pré-moídas, adicione os tomates, o queijo ralado e o azeite. Pulse até obter um creme. Tempere com pimenta do reino moída na hora.

[Arrume a mesa]

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Cozinhe o macarrão em bastante água salgada até ficar al dente. Escorra. Misture o macarrão com o molho pesto. Adicione um pouquinho da água do cozimento do macarrão se precisar [*pra mim não precisou]. Sirva morno ou na temperatura ambiente, com mais queijo salpicado por cima, acompanhado de uma taça de vinho branco gelado. Serve 4 pessoas ou 2 com sobras para o dia seguinte.

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garrafa vira copo

copos-garrafasAs garrafinhas dos refrigerantes vintage da Boylan ganharam um corte arredondado e viraram uns copinhos muito fofos. O charme está também nos rótulos pintados no vidro, que são originais dessa marca. Esses foram comprados assim já cortados na loja Sur la Table. Mas se vcê conhecer alguém que domine a técnica do corte do vidro e que deixe os copos seguros para quem for usar, pode mandar fazer os copos do tamanho que quiser, com as garrafas que quiser. Não é uma ótima idéia?