um dia em fotos
Lembro que naquele dia eu acordei com a macaca e com mil idéias na cabeça. Com a câmera fotográfica já preparada, rolos de filmes extras, fui avisando—Gabriel, vamos registrar o seu dia em fotos! E ele, como o menino mais lindo do mundo que ele sempre foi, topou. Quem tem um avô que te fotografa em todas as poses possíveis e uma mãe engraçadona que te pega no flagra quando VOCÊ ESTÄ MEDITANDO NO DÁBLIUCÊ, não estranha quando recebe a proposta de ser modelo da própria vida. Então fomos lá, eu passei o dia atrás dele, clicando. Só não tirei fotos dele tomando banho, porque ele não quis e tive que respeitar. Mas começamos com o acordar, que obviamente na foto está todo encenado, já que a janela está escancarada, o quarto cheio de luz, ele está de óculos e com a boca suja de leite com chocolate, que era o que ele sempre bebia no café da manhã. Depois continuamos com ele estudando, ou melhor, fazendo as tarefas da escola, depois almoçando a comidinha natureba com aquela cara de alegria que ele sempre fazia em frente ao prato cheio de arroz integral e agrião refogado, depois escovando os dentes na frente do espelho—que ficou uma foto criativa, admito. Fizemos o set do cotidiano, que depois eu colei em sequência num pequeno álbum, para guardar para todo o sempre, afinal a gente esquece detalhes com o tempo, e naquele tempo não havia blog nem foto digital, era tudo muito mais dependente da sua memória, boa ou ruim, natural ou ginkobilobada.
fatos da foto:
Estava friozinho, pois ele estava dormindo com o acolchoado de lã de carneiro da minha infância. Minha mãe mandou fazer um pra cada filho, os dos meninos azul, os das meninas vermelho. O Gabriel herdou o meu.
Tinhamos voltado da Bahia fazia pouco tempo, pois o Gabriel está com as fitinhas do Bonfim no pulso e atrás da cama dá pra ver um pedaço do berimbau que ele veio carregando paulistamente no avião.
Filho de peixe. Ele dormia de camiseta, como o pai e a mãe. Somos uma família que nunca teve pijamas. E ele fazia o que eu faço até hoje, dormia com o cabelo molhado e com uma toalha no travesseiro e depois acordava com aquela cabeleira do zezé, com tufos super ondulantes só de um lado da cabeça.
Comentários
Adicione seus temperos
Para deixar um comentário digite seu nome e um e-mail válido. Digite também a mistura de letras e números que você vê na caixinha cinza [Captcha], logo após a caixa do texto. Muito obrigada!
Fernanda, seu filho é a sua cara.
Pelo menos nas fotos!
Bjin, Beatriz.
Acho tão bacana o jeito que vc fala do seu filho, sobre ele ser legal, gentil. Mesmo sabendo que as mães são todas corujas, vc é bem convincente quanto às qualidades do seu. Até já simpatizo com ele, mesmo sem conhecê-lo! Risos...
A verdade é que quando vc fala dele, transmite uma imagem positiva, que me faz pensar na possibilidade de ter um filho, um dia.
Delícia de história para uma manhã de domingo cheio de sol! E aproveitar prá lembrar dos velhos o bons tempos das "crianças"
beijo de bom Domingo
Tive que ler o início com atenção porque à primeira vista, pensei que era uma Fer, versão maria-rapaz! Dá para encontrar bastantes traços comuns! É uma ideia bem engraçada para quem tem filhotes pequenos fazer este tipo de "um dia com...". Eu não tenho nenhuma foto a estudar, por exemplo! eheheh
Beijão
Se eu me atravesse a dormir com o cabelo molhado, além de amanhecer com a garganta péssima, nem quero imaginar o estado do meu cabelo. Bem, pelo menos o meu cabelo de até 1 mes e meio atrás.
Sempre tive muito cabelo, mas algo aconteceu desde que voltei do Brasil, no começo de junho.
Meu cabelo começou a cair absurdamente. No começo não dei muita atenção, mas depois ví que aquilo não podia ser normal.
Liguei para a minha dermatologista, que me mandou usar um shampoo e umas ampolas de um laboratório francês. Não acho que tenha dado um resultado "eclatante" ou talvez seja a minha ansiedade a não me dar ao menos esperança de que a queda tivesse diminuído.
Fiz exames de sangue, para ver se havia algum problema e, aparentemente, não há nada que justifique essa queda.
Na próxima semana, mesmo só acreditando nos meus médicos do Brasil (Freud explica), vou a um dermatologista aqui, porque, do contrário, vou ter que apelar para um turbante.
Ou seja, tudo isso não tem nada a ver com o post. Peguei o bonde e fui andando.
Beijos
Fer,ele está tão fofo com estes oclitchos! A Laura também usa o cobertor que foi do Rui,inclusive feito pelo próprio com a ajuda da tia, de pena de 14 patos,que ela chama carinhosamente de "14 patos".Só se cobre com ele,não aceita outro!beijo e bom finde!
Ai,que boa ideia.Tbem tenho em casa uma futura top model,minha filha com 5 anos ja ta querendo sua propria maquina fotgraficae adora posar pra mamae, haha!!
Eu tbem tenho um edredon de la de carneiro,mas ta na casa da minha mae... Dulces Recuerdos...;)
bjos