Toast

Me enchi de expectativas com relação a esse filme, pois acho o Nigel Slater super classudo. Talvez a leitura da sua auto-biografia fosse mais interessante, mas o filme é apenas bonitinho. A trama é cheia de clichês e resoluções óbvias, arrematando tudo num final completamente ridículo e sem muita sequência lógica. Fiquei muito decepcionada. Sem falar que com exceção da Helena Bonham Carter, que faz a madrasta cleaning & cooking freak do Nigel, todos os outros atores estão bem chatinhos e caricatos. Não gostei.

A história se divide praticamente em duas partes. A primeira relata a relação de Nigel com a mãe adoentada e apática, que não sabia cozinhar e preparava todas as refeições da família a partir de latas requentadas em banho-maria. Quando tudo dava errado na cozinha, o jantar acabava sento torrada [toast] com leite ou chá. Nigel tinha fome de ingredientes frescos e comida saborosa. Ele também queria cozinhar e sua primeira experiência foi fazer um espaguete a bolognesa, que pareceu uma comida marciana na mesa daqueles ingleses. Quando a mãe morre, ele tenta cozinhar para alegrar e conquistar a amizade do pai.

Nigel com a mãe
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Na segunda parte do filme aparece a diarista maníaca que vai acabar casando com o pai e virando a madrasta de Nigel. Ela é ultra competitiva, cozinha e limpa como uma louca e entucha o marido de comida, que no inicio se empanturra, comendo tudo o que não comeu nos anos do casamento anterior. Nigel tenta competir com ela, fazendo delicias na aula de economia doméstica da escola. Mas ele precisa se esforçar muito, principalmente quando decide reproduzir [sem receita] a obra-prima da madrasta—a torta de limão com merengue.

O filme termina abruptamente com o pai morrendo e Nigel saindo de casa para ir trabalhar num restaurante. Tudo assim meio sem pé nem cabeça. TOAST tinha tudo para ser um filme super bacana, contando a história de um grande nome da gastronomia inglesa moderna, mas acabou sendo apenas um filme bonitinho. E um tantinho irritante.

Nigel com a madrasta
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4 comentários em “Toast”

  1. nossa, fer… tive a mesma impressão que você. talvez até um pouco pior. achei uma bela de uma porcaria. o roteiro é mal escrito, não se cria simpatia pelo personagem do nigel e no fim até dá raiva de ter passado tanto assistindo um negócio que não vira. a única coisa boa no filme é a helena boham carter, de fato. uma história legal, que tinha tudo para ser bem retratada, mas que no cinema desandou =(
    R: pois é, Hanny, desandou feio… uma pena, né?

  2. Fezoca, nem sabia que o livro virou filme. Eu respeito muito o Nigel Slater e a auto-biografia foi uma das primeiras coisas que li quando fui morar na Inglaterra. Tem passagens muito boas, tipo quando eles comem spaguetti pela primeira vez. O livro é uma delícia de ler. Pena que o filme não rendeu…. Mesmo assim vou atrás. Bjs e obrigada pela super dica!
    R: Claudia, talvez por ja ter lido o livro você nao vai se decepcionar tanto quanto eu. a cena do espaguete esta no filme. beijo!

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