Tower Cafe

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Quando Davis ainda não tinha o Varsity, o seu cinema independente, nós íamos muito à um dos cinemas independentes de Sacramente. Éramos fãs do Tower Theater, que frequentávamos muito, quase sempre parando no café ao lado do teatro, o Tower Cafe. Fazia muito tempo que não íamos lá e pra mim foi um pouquinho decepcionante. Eu tinha essa idéia do Tower Cafe ser um lugar super cool—e ainda é, sem dúvida. Mas o caso é que eu mudei, tenho outros interesses, tenho outras ambições e o Tower Cafe parece ter parado no tempo. O menu deles é bem legal, pois eles têm essa proposta étnica de global village, com rangos inspirados em outras culturas. O resturante é todo decorado com knick knacks de todos os cantos exóticos do mundo. Parece a coleção de um mochileiro que andou pelo Tibete, pela Africa, pela India. E o staff é todo moderninho, garotas e garotos alternativos. A comida nunca foi ruim, mas infelizmente não me impressiona mais. Talvez tenha impressionado no passado. Fiquei um pouco chocada em encontrar no menu o mesmo Brazilian Chicken Salad que eu comi uma vez há uns seis anos pra ver o que ela tinha de Brazilian, que na minha conclusão foi absolutmente NADA. Nós chegamos durante a transição do menu do brunch para o menu do jantar, então não tivemos um leque muito grande de opções. Eu pedi um frango desfiado e temperado com um pesto de coentro e jalapeños ajeitado numa focaccia, com rúcula, cebola roxa e uma maionese de pimentão vermelho. Veio acompanhado de batatas fritas. O Uriel pediu um hamburguer vegetariano, que quando chegou pensamos que a garçonete tinha se enganado com o pedido dele, pois parecia um hamburgão de carne. Não era! As batatas fritas estavam pateticamente tristes. Depois da minha experiencia das batatas do Putah Creek Cafe, vai ser dificil engolir qualquer outra. O Tower Cafe sempre teve e ainda tem uma variedade enorme de sobremesas super criativas, além dos acompanhamentos para chá e café—muffins, cookies, bolos, scones, biscuits, etc. Mas eu pedi uns profiteroles recheados com creme de café e com cobertura de chocolate com jalapeño, que eu achei que tinham sido preparados na semana anterior. Estava bom, mas não estava fresco, se isso pode ser possível. Estava apenas comível. O Uriel pediu um creme brulée de amaretto, que não estava ruim, mas também não arrasou Paris em chamas. Acho que o meu problema com essa visita ao Tower Cafe foi tentar sentir o mesmo frisson que sentíamos lá na década de 90. São outros tempos e eu estou em outro caminho.

11 comentários em “Tower Cafe”

  1. sou fiel! frequento a mesma pizzaria (Pizzeria da Nonna) ha 37 anos, tudo envelheceu por lá, a Nonna já morreu e mesmo assim continuamos indo…

  2. Também não gosto nada quando regresso a um lugar do qual tinha grandes recordações, e que depois me decepciona.
    Vamos sempre com grandes espectativas e depois vem sempre à cabeça “Porque é que eu gostava tanto disto?”

  3. Fer
    É assim mesmo…Eu estou agora em Buenos Aires, após 4 anos e estou percorrendo alguns lugares do antanho… e salvo algumas excepçoes, os lugares mudaram para pior, ou mudeu eu, como você diz.
    Abraços,
    Ruben Duarte
    Wine Broker

  4. Isso acontece sempre comigo quando vamos ao Brasil e resolvemos visitar algum restaurante (ou lanchonete, lugar de comer!) que gostavamos quando mais novos, quando ainda moravamos la. Parece q eh sempre uma decepcao atras da outra…
    Eh impressionante o quanto o nosso paladar tbem cresce com a nossa maturidade, sao outros gostos que nos cativam, outras perspectivas de pratos, a visao eh mesmo outra, estamos em outra epoca.
    Tudo me parece muito doce, meio salgado, sem graca.. e aonde estava aquele molho q eu gostava tanto, quando experimento… humm, sera q era assim mesmo, nem eh mais tao bom quanto eu pensava.
    Eh meio triste, ne?! E se vc for como eu Fer, deve mesmo se decepcionar bastante. Eu adoro culinaria entao tenho sempre uma certa expectativa de que a comida vai ser uma delicia, e ai quando vem aquela “coisa” no prato eu fico down, pois detesto comer so por comer, p/ mim se nao esta bom entao nao vale a pena… eh chato isso, ne?!
    Q pena q vc teve q passar por isso tbem. Mas sabe q a foto dos profiteroles deu uma certa vontadezinha… hehehe!
    Vc lembra das “carolinas” que vendiam nas padarias do Brasil?? Profiteroles com recheio de doce de leite e cobertura de chocolate? Ai, aquelas eu gostava viu!! hehehe!
    Beijos!
    Ana

  5. Fer,eu acho que profiteroles tem que ser fresco,de preferência feito na hora pois a massa
    é diferente(cozida) e não gosto nem no outro dia,devia estar velho mesmo. Também acontece comigo de voltar a lugares que não me dizem muito mais,beijo!

  6. A memória é assim
    Aqui em Porto Alegre temos um grande pesquisador da memória. Ele já escreveu vários livros e li o último deles. Em certo momento ele escreve que nossas memórias de antigamente são imbatíveis. Ninguém cozinhava como a nossa mãe ou tia ou avó. O bolo erá magnífico, a torta inesquecível e a sopa então, sinto o aroma ainda agora! Não é assim? Todas as tias e mães foram as melhores cozinheiras. Ele explica que isso acontece porque estamos em outro tempo, com outras referências e com uma perspectiva de vida ou sei lá o quê muito maior.
    Dia desses voltei para uma velha praia, que costumava ir com meus pais aqui no litoral do Rio Grande do Sul. Aquela praia da minha infância não existia mais. Fiquei sem as duas: a das dunas que percorria com meu pai e a de hoje, que não significa mais nada.

  7. A memória é assim
    Aqui em Porto Alegre temos um grande pesquisador da memória. Ele já escreveu vários livros e li o último deles. Em certo momento ele escreve que nossas memórias de antigamente são imbatíveis. Ninguém cozinhava como a nossa mãe ou tia ou avó. O bolo erá magnífico, a torta inesquecível e a sopa então, sinto o aroma ainda agora! Não é assim? Todas as tias e mães foram as melhores cozinheiras. Ele explica que isso acontece porque estamos em outro tempo, com outras referências e com uma perspectiva de vida ou sei lá o quê muito maior.
    Dia desses voltei para uma velha praia, que costumava ir com meus pais aqui no litoral do Rio Grande do Sul. Aquela praia da minha infância não existia mais. Fiquei sem as duas: a das dunas que percorria com meu pai e a de hoje, que não significa mais nada.

  8. A memória é assim
    Aqui em Porto Alegre temos um grande pesquisador da memória. Ele já escreveu vários livros e li o último deles. Em certo momento ele escreve que nossas memórias de antigamente são imbatíveis. Ninguém cozinhava como a nossa mãe ou tia ou avó. O bolo erá magnífico, a torta inesquecível e a sopa então, sinto o aroma ainda agora! Não é assim? Todas as tias e mães foram as melhores cozinheiras. Ele explica que isso acontece porque estamos em outro tempo, com outras referências e com uma perspectiva de vida ou sei lá o quê muito maior.
    Dia desses voltei para uma velha praia, que costumava ir com meus pais aqui no litoral do Rio Grande do Sul. Aquela praia da minha infância não existia mais. Fiquei sem as duas: a das dunas que percorria com meu pai e a de hoje, que não significa mais nada.

  9. Isso me aconteceu noutro dia, quando quis comer waffles. Fomos a uma lanchonete aqui em São Paulo, point da minha adolescência, e foi péssimo. Os waffles continuam ótimos, mas o lugar fedia a gordura, os garçons eram mal-humorados, os sanduíches estavam gordurosos e a frequência, tenebrosa.
    Frustrante.

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