Biscoitinhos de nata

O papo sobre o leite cru fez muita gente lembrar da infância e dos biscoitinhos que eram feitos com a nata que era produzida com a fervura do leite. Pra mim esses biscoitinhos eram a epítome da gostosura. Nenhum biscoito industrializado conseguiu substituir esses feitos em casa, porque memória de infância é concorrente imbatível.
Escrevi pra minha mãe perguntando se ela ainda tinha a receita, pois lá se vão quase quarenta anos do tempo em que se coletava as natas que ficavam guardadas no congelador da nossa Frigidaire branca, até virarem biscoitinhos feitos pelas mãos da Cida. Pois minha mãe tem todos os cadernos e fichários de receitas guardados. Ela me enviou a receita que fez a minha infância mais feliz.

1 copo de nata – 1 copo de açúcar – 1 colher de manteiga e araruta o quanto baste. Só isso.
* a araruta seria o polvilho doce?
** até parece receita tirada do livro da dona Benta, mas essa tem licença para ser assim sintetizada, pois é receita dos alfarrábios de família!

18 comentários em “Biscoitinhos de nata”

  1. Oi Fer, como as amigas já disseram, araruta é outro tipo de raiz, minha mãe disse que se parece um pouco com a batata-baroa, só que tem uns gominhos e o polvilho dela se parece mais com o polvilho doce mesmo. Acho que não tem erro substituir.
    E minha mãe tb teve uma Frigidaire branca, que me acompanhou até os 18 anos. Que viagem, kkk…
    Beijos

  2. Fer, que delícia de biscoitinho! Também sou fã dessas merendinhas! As receitas antigas da minha avó ou da minha mãe também pedem araruta, aqui em SP não acho fácil, minha mãe sempre traz de Santa Catarina (lá tem em supermercado) e é ótima também para engrossar molhos e sopas. Prefiro até do que o amido de milho.
    Um beijo!

  3. A receita que a minha mãe fazia – tomara que volte a fazer! – leva maizena no lugar de araruta. Vou te mandar por mail. beijos

  4. fernanda, hoje lembrei de vc, fiz um bolo de fubá de uma revista muito boa por aqui, mas daí que qdo eu bati o olho vi que tava exagerada, cortei tudo pela metade e ficou maravilhoso, se tivesse seguido a risca, nessa hora minha cozinha estaria o caos!
    beijos

  5. Araruta, finalmente me dei conta que aqui é arrow-root, que eu uso para engrossar molho e nao sabia o que era em português, sabia que vinha do Brasil, e lendo araruta o som de arrow-root me veio e é isto mesmo. Deu ate vontade de fazer biscoito de nata, nem tinha passado pela minha cabeça de congelar as natas, é isto que vou fazer pois sempre jogo fora. bjs

  6. O povo das antigas sempre usava o copo como medida,a mãe faz assim até hoje quando não faz no olhômetro, a vó ,além do copo,usava o pires também,um pires disso,outro daquilo, e o resultado é sempre de comer rezando..beijo Fer!

  7. Tenho catalogado as receitas da minha família. uma pena que não exista nenhum caderno de receitas, está tudo na cabeça da minha avó e minha mãe. Pelo menos as receitas delas não se perderão com o tempo, já que as da outra avó se foram com ela…
    Vou fazer a receita da sua família. Sei que vende araruta em casas de produtos naturais. bjo.

  8. Oii Fer querida. Achei na net pra vc.
    A Araruta (Maranta arundinacea) espécie do gênero Maranta, é uma erva cuja a raiz tem fécula branca que é alimentícea.
    Já o polvilho é a fécula da mandioca.
    bjssssssssss
    chucrute tb é cultura….

  9. Fer consultei nosso amigo mais fiel o google e achei essa página interessante: http://www.agrov.com/vegetais/raizes/araruta.htm
    parece que a araruta é uma planta, é dificil de encontrar sua fécula, entao pode ser substituida pela maizena. talvez o polvilho doce tbm…adorei a receita, pq essa a gente sabe que é boa, não precisa de rendimento, nem nada, a gente faz e a dora! bjos

  10. FIZ MUITO DESTE BICOITINHO NA INFÂNCIA E EU ERA ENCARREGADA DE RECOLHER A NATA DIARIMENTE (ISTO, NO TEMPO EM QUE AS CRIANÇAS TINHAM, DESDE CEDO, PEQUENAS TAREFAS DIÁRIAS). LEMBRO-ME QUE NO LUGAR DA ARARUTA USAVA MAIZENA E O BISCOITINHO DERRETIA NA BOCA…MINHA MÃE, HOJE AOS 81 ANOS, AINDA TEM A SUA PRIMEIRA E ÚNICA FRAGIDAIRE BRANCA E TAMBÉM TEM O LIVRO DA DONA BENTA. aBRAÇO E OBRIGADA PELO PRAZER DA RECORDAÇÃO.
    MCÉLIA

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